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China detecta vestígios de coronavírus em frangos importados do Brasil

Produto já foi rastreado e confiscado pelas autoridades locais; contaminação pode provocar uma nova queda das exportações brasileiras para o país asiático

Por Da Redação
Atualizado em 13 ago 2020, 09h26 - Publicado em 13 ago 2020, 09h12
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  • A cidade de Shenzhen, na província de Guangzhou, no sul da China, encontrou traços do novo coronavírus em amostras de um lote de asas de frango congeladas importadas do Brasil, de acordo com informações divulgadas pela Prefeitura nesta quinta-feira, 13.

    O Centro de Prevenção e Controle de Doenças local garante ter encontrado os restos na superfície de uma amostra deste produto, e que os testes de ácido nucleico que foram realizados deram positivos. Todas as pessoas que tiveram contato com o lote de asas de frango foram submetidas a testes de Covid-19, assim como seus parentes. Todos os testes apresentaram resultado negativo.

    Além disso, todos os lotes do produto contaminado que já foram vendidos foram rastreados e confiscados pelas autoridades. A agência sanitária chinesa recomendou que os consumidores sejam cautelosos ao comprar carne e frutos do mar importados e tomem “precauções para reduzir o risco de infecção”.

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    A contaminação de frango brasileiro pode provocar uma nova queda das exportações brasileiras para a China. Em fevereiro de 2019, Pequim passou a aplicar por cinco anos tarifas antidumping ao frango brasileiro, que vão de 17,8% a 32,4%.

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    O Brasil, maior produtor mundial de carne de frango, era até 2017 o principal fornecedor de frango congelado para a China, por um valor que se aproximava de 1 bilhão de dólares por ano e um volume que representava quase 85% das importações do gigante asiático. Mas nos últimos anos o país perdeu parte do mercado para Tailândia, Argentina e Chile, de acordo com a consultoria especializada Zhiyan.

    Pacotes de camarões contaminados

    Além disso, na província de Anhui (leste) a prefeitura da cidade de Wuhu anunciou que detectou a presença do coronavírus em embalagens de camarões procedentes do Equador. Os pacotes estavam conservados no congelador de um restaurante da cidade.

    Esta é a segunda vez desde o início de julho que a China informa a presença do vírus em pacotes de camarões equatorianos. No dia 10 de julho, a Administração da Alfândega da China fez testes com mostras de um contêiner e com pacotes de camarões brancos do Pacífico que apresentaram resultados positivos para o novo coronavírus. As avaliações aconteceram nos porto de Dalian (nordeste) e Xiamen (leste).

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    De acordo com os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o Equador produziu em 2018 quase 500.000 toneladas de camarões e 98.000 foram importadas à China, um mercado em plena expansão – um ano antes as exportações alcançaram apenas 16.000 toneladas.

    Em junho, o grande mercado atacadista de Xinfadi, em Pequim, foi fechado após a detecção de um foco epidêmico que afetou centenas de pessoas. Restos de vírus foram detectados em uma tábua de corte de salmão importado.

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    A China, onde o coronavírus foi detectado pela primeira vez no fim de 2019, controlou em grande medida a epidemia, segundo os dados oficiais. Nesta quinta-feira, o país anunciou um balanço diário de 19 contágios. A última morte provocada pelo vírus aconteceu em maio.

    O Brasil é o segundo país do mundo mais afetado pela Covid-19, atrás dos Estados Unidos, com mais de 104.000 mortes e 3,16 milhões de casos. O Equador tem um balanço de quase 6.000 vítimas fatais e mais de 97.000 casos confirmados.

    (Com EFE e AFP)

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