Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

China cometeu ‘sérias violações de direitos humanos’ em Xinjiang, diz ONU

Relatório relacionado à campanha de detenção em massa de minorias muçulmanas foi divulgado pouco antes de Michelle Bachelet deixar Alto Comissariado

Por Da Redação 31 ago 2022, 19h55

A China cometeu graves violações de direitos humanos na província de Xinjiang, relacionadas à campanha de detenção em massa de minorias muçulmanas, sobretudo da etnia uigur, de acordo com um relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos publicado nesta quinta-feira, 31, poucos minutos antes do fim do mandato de Michelle Bachelet como chefe de agência.

De acordo com o documento, houve graves violações “no contexto da aplicação de estratégias de contraterrorismo e contra-extremismo” por parte do governo, levando a “padrões interligados de severas e indevidas restrições a uma ampla gama de direitos”.

“Esses padrões de restrições são caracterizados por um componente discriminatório, assim como os atos direta ou indiretamente afetam os uigures e outras comunidades predominantemente muçulmanas”, diz o documento, que corrobora acusações de diversos países de “padrões condizentes com a prática de tortura” e pede “urgente atenção da comunidade internacional”.

Em maio, Bachelet passou seis dias na China e visitou Xinjiang, marcando a primeira visita de um alto comissário de direitos humanos da ONU ao país em 17 anos. Na ocasião, a autoridade internacional disse ser uma prioridade se envolver diretamente com o governo chinês, em questões de direitos humanos “para que o desenvolvimento, a paz e a segurança sejam sustentáveis” ​local e globalmente.

This handout image taken and released on May 25, 2022 by the Office of the United Nations High Commissioner for Human Rights (OHCHR) shows a screen of UN human rights chief Michelle Bachelet (L) attending a virtual meeting with China's President Xi Jinping, in Guangzhou. (Photo by Handout / OHCHR / AFP) / RESTRICTED TO EDITORIAL USE - MANDATORY CREDIT
Em reunião com chefe de direitos humanos da ONU, Michelle Bachelet, o presidente da China, Xi Jinping defendeu avanços do país na questão humanitária. 25/02/2022. (Office of the United Nations High Commissioner for Human Rights (OHCHR)/AFP)
Continua após a publicidade

A visita aconteceu em meio a denúncias de que pessoas da etnia uigur foram detidas ilegalmente, maltratadas e forçadas a trabalhar em Xinjiang. A região faz fronteira com o Paquistão e o Afeganistão e é o lar de milhões de uigures e outros muçulmanos turcos, que foram submetidos a uma campanha do governo chinês de controle cultural, linguístico e social e atos de opressão. 

O oeste da China tem grande presença de muçulmanos de origem turca. Há anos, a relação do grupo com o governo chinês é conflituosa por apresentar diferenças culturais e religiosas. Ativistas e especialistas das Nações Unidas afirmam que ao menos um milhão de muçulmanos estão detidos em campos na região. Junto a alguns políticos do Ocidente, os ativistas também acusam a China de tortura, trabalho e esterilizações forçados.

No ano passado, a União Europeia impôs sanções contra quatro autoridades chinesas por graves violações e abusos de direitos humanos com ligação à repressão aos muçulmanos uigures na região. Embora majoritariamente simbólicas, as medidas marcam um endurecimento significativo das políticas europeias em relação ao país asiático.

Pouco depois, os Estados Unidos anunciaram a proibição das importações de produtos com origem na província de Xinjiang, tendo como justificativa a repressão feita por autoridades. A embaixada da China em Washington afirmou que o ato “ignora a verdade e calunia maliciosamente a situação dos direitos humanos”.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.