China acusa EUA de ‘privá-la’ de desenvolver suas próprias tecnologias
Segundo porta-voz, Washington quer consolidar sua própria hegemonia e levar conceito de segurança nacional ao extremo
O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou nesta segunda-feira, 6, que os Estados Unidos estão tentando impedir o país de se desenvolver no setor de tecnologia. Em resposta a uma pergunta sobre o aplicativo de vídeos TikTok ser um possível alvo de um projeto de lei de Washington que proíbe algumas tecnologias estrangeiras, a porta-voz chinesa Mao Ning afirmou que os EUA querem consolidar sua própria hegemonia e levar o conceito de segurança nacional ao extremo.
“Quão inseguros de si mesmos podem ser os EUA, a maior superpotência do mundo, para temer tanto o aplicativo favorito de um jovem?”, afirmou a porta-voz do governo chinês.
Em meio às preocupações com a cibersegurança e com possíveis casos de espionagem, a Comissão Europeia, ainda em fevereiro, proibiu o uso do aplicativo chinês por funcionários executivos da União Europeia tanto em seus aparelhos profissionais quanto nos pessoais que contenham informações sigilosas do governo.
+ Projeto de lei dá poder para Biden banir TikTok dos EUA
No mesmo mês, foi a vez da Casa Branca de regular o uso do TikTok em um memorando do Escritório de Administração e Orçamento dos Estados Unidos, de acordo com informações da Reuters. Em até 30 dias, agentes federais deveriam deletar o aplicativo de seus smartphones para evitar um possível compartilhamento de dados com o governo chinês.
Na semana passada, o Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou também um projeto de lei que dá ao presidente americano, Joe Biden, o poder de proibir o Tiktok. Além disso, Mark Warner, presidente do Comitê de Inteligência do Senado, informou estar trabalhando, junto ao senador John Thune, em um projeto de lei amplo para que o governo “proíba ou proíba” tecnologias estrangeiras.
Segundo os defensores do regulamento, os dados de usuários do TikTok podem acabar nas mãos do governo chinês, que poderia pôr em risco os interesses de segurança ocidentais. A plataforma de propriedade da empresa chinesa ByteDance, que mudou a sede para Cingapura em 2020, não só afirmou que não tem laços com o governo chinês, mas também disse que os investidores da empresa não são chineses.