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China acusa EUA de ‘manipulações políticas’ no caso Huawei

Gigante chinesa de equipamentos de telecomunicações nega acusações feitas por Departamento de Justiça dos EUA

Por Da Redação
Atualizado em 29 jan 2019, 10h28 - Publicado em 29 jan 2019, 09h52
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  • A China acusou os Estados Unidos de “manipulações políticas” no caso Huawei, depois que Washington indiciou a empresa por roubo de tecnologia e violação de sanções comerciais.

    “Estados Unidos usam o poder do Estado para desacreditar e atacar determinadas empresas chinesas, em uma tentativa de estrangular suas operações, que são legítimas e legais”, afirmou em um comunicado Geng Shuang, porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores.

    “Por trás disto há fortes observações políticas, manipulações políticas”, completou.

    Nesta segunda-feira 28, o Departamento de Justiça americano acusou a Huawei de fazer esforços extremos para roubar segredos comerciais de empresas americanas, incluindo uma tecnologia de robô da operadora americana T-Mobile usada para testar smartphones.

    A gigante chinesa de equipamentos de telecomunicações, contudo, negou nesta terça-feira 29, ter cometido quaisquer das infrações citadas.

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    “A companhia nega que ela ou suas subsidiárias ou afiliadas tenham cometido quaisquer das violações da lei dos EUA alegadas em cada um dos indiciamentos”, afirmou a Huawei em comunicado.

    Ainda no comunicado, a Huawei disse não estar ciente de quaisquer irregularidades cometidas por sua diretora financeira, Meng Wanzhou, que foi presa no Canadá em dezembro.

    As acusações contra a empresa chinesa vieram à tona dois dias antes de Estados Unidos e China darem início a uma nova rodada de discussões comerciais em Washington, marcada para amanhã e quinta-feira (30 e 31).

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    Renúncia

    O embaixador do Canadá na China renunciou por estar em desacordo com seu governo sobre a extradição da executiva Meng Wanzhou, disse nesta segunda-feira 28 a ministra das Relações Exteriores canadense, Chrystia Freeland.

    O primeiro-ministro, Justin Trudeau, pediu ao embaixador John McCallum que renunciasse no sábado 26, depois que ele disse que o pedido de extradição dos Estados Unidos à principal executiva da Huawei tinha falhas.

    “Os comentários do embaixador McCallum foram inconsistentes com a posição do governo do Canadá”, disse Freeland a jornalistas em frente à Câmara dos Comuns.

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    “O primeiro trabalho e o mais importante de qualquer embaixador de nosso país é expressar com precisão a posição de nosso governo. E é isso que torna insustentável que o embaixador McCallum permaneça em seu posto”, acrescentou.

    Meng Wanzhou, uma dirigente de alto escalão da empresa chinesa e filha do fundador, foi detida enquanto fazia escala em Vancouver em 1º de dezembro.

    Acusada de fraude ligada a supostas violações das sanções americanas contra o Irã, está em liberdade sob fiança, mas sua prisão provocou uma escalada da crise diplomática entre Ottawa e Pequim, com os Estados Unidos no meio.

    (Com AFP e Estadão Conteúdo)

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