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Chefe da UE pede fim do comércio com Israel e condena fome como ‘arma de guerra’ em Gaza

Von der Leyen criticou assentamentos judeus e incitação de ministros israelenses à violência numa "clara tentativa de minar a solução de dois Estados"

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 set 2025, 11h06 - Publicado em 10 set 2025, 10h42

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apelou nesta terça-feira, 10, pela suspensão do comércio da União Europeia (UE) com Israel, citando a “dolorosa” incapacidade da Europa de encerrar a guerra na Faixa de Gaza. No discurso anual sobre o “estado da união”, no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, ela também condenou o aumento de assentamentos judeus em território palestino e a incitação de ministros israelenses de extrema direita à violência numa “clara tentativa de minar a solução de dois Estados”.

A líder do braço executivo da UE planeja o congelamento do apoio bilateral a Israel, com exceção de fundos para grupos da sociedade civil e para o centro memorial do Holocausto Yad Vashem. Ela também informou que a comissão apresentará propostas para suspender as partes comerciais do acordo de associação UE-Israel e estipulará sanções contra ministros extremistas e colonos israelenses na Cisjordânia.

“O que está acontecendo em Gaza abalou a consciência do mundo. A fome provocada pelo homem jamais poderá ser uma arma de guerra. Isso precisa acabar. A ajuda da UE a Gaza supera em muito a de qualquer outro parceiro. Mas, é claro, a Europa precisa fazer mais”, disse von der Leyen no X, antigo Twitter, ao divulgar as medidas contra Israel.

Além disso, será criado Grupo de Doadores Palestinos, que incluirá “um instrumento dedicado à reconstrução de Gaza”, afirmou von der Leyen. O anúncio ocorre em meio a críticas à UE pela inação frente à catástrofe humanitária em Gaza, que enfrenta o mais grave cenário de fome. Mais de 64 mil palestinos foram mortos desde o início do conflito entre Israel e Hamas, em 7 de outubro de 2023 — entre eles, estão 361 mortos por fome e desnutrição, incluindo 130 crianças.

É preciso, no entanto, apoio da maioria dos membros da UE para suspender o comércio com Israel. No discurso, von der Leyen afirmou que o bloco europeu deve “se libertar dos grilhões da unanimidade”. Ela também advertiu que o mundo vive uma era turbulenta, na qual as linhas de batalha “estão sendo traçadas” e “as dependências são implacavelmente transformadas em armas”.

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Para além de Israel, von der Leyen defendeu o acordo comercial com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, argumentando: “O acordo proporciona estabilidade crucial em nossas relações com os EUA em um momento de grave insegurança global”, disse ela, destacando que países enfrentavam condições piores do que o bloco europeu e que uma guerra comercial levaria ao caos.

Ela também abordou as violações do espaço aéreo polonês pela Rússia e disse que a Europa “mantém total solidariedade com a Polônia”, recebendo aplausos de pé dos parlamentares. A líder da comissão pediu para que os países aumentem a pressão sobre o presidente russo, Vladimir Putin, para que sente à mesa de negociações para o fim da guerra na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022.

Além disso, informou que a UE busca eliminar, o quanto antes, a compra de combustíveis russos. Em relação ao apoio a Kiev, von der Leyen afirmou que o bloco europeu trabalha numa “nova solução para financiar o esforço de guerra da Ucrânia”, que teria como base € 300 bilhões (R$ 1,9 trilhões) em ativos russos congelados no Ocidente.

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