Assassino Charles Manson morre, aos 83 anos, nos EUA
Manson estava preso desde 1971 por ter sido o mentor intelectual da morte da atriz Sharon Tate e de outras seis pessoas em 1969
O assassino em série Charles Manson morreu na noite deste domingo 19 em um hospital do condado de Kern, na Califórnia, aos 83 anos, de causas naturais. Manson estava preso desde 1971 por ter sido o mentor intelectual da morte da atriz Sharon Tate e de outras seis pessoas em 1969.
Os assassinatos foram cometidos em Los Angeles por membros da “Família Manson”, uma seita que o tinha como líder máximo. A morte a facadas de Tate, então grávida do diretor Roman Polanski, teve repercussão mundial. Os assassinos usaram o sangue das suas vítimas para escrever mensagens nas paredes, enquanto seguiam as instruções que acreditavam escutar na canção Helter Skelter, de The Beatles.
Inicialmente, Manson foi condenado à câmara de gás, mas teve sua punição convertida em prisão perpétua quando a pena de morte foi abolida na Califórnia. Após sete anos em prisão foi declarado apto para obter a liberdade condicional. Autoridades, no entanto, negaram repetidamente vários recursos nesse sentido por concluir que ele era um preso ainda muito perigoso.
Nos últimos vinte anos, Manson sempre se negou a comparecer nas suas audiências para liberdade condicional. Em entrevista concedida à revista Vanity Fair, em 2011, descreveu-se como um homem “mesquinho, sujo, fugitivo e ruim”, afirmando que foi condenado por “ser a vontade de Deus”.
Em uma reportagem publicada em 1970 pela revista Rolling Stone sobre os assassinatos realizados pela “família”, Manson foi considerado “o homem vivo mais perigoso do mundo”.
Leslie Van Houten, o membro mais jovem desse clã, explicou então que Manson havia feito “lavagem cerebral” nos seguidores com sexo, LSD, leituras constantes de passagens da Bíblia, repetidas escutas do disco White Album, dos Beatles, e outros textos sobre o seu desejo de lançar uma revolução.