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Cerca de 5.000 pessoas ainda estão desaparecidas na Indonésia

Terremotos e tsunami provocaram ao menos 2.073 mortes; operações de buscas foram estendidas até a noite de sexta-feira

Por Da Redação
Atualizado em 11 out 2018, 11h31 - Publicado em 11 out 2018, 11h02

Cerca de 5.000 pessoas ainda estão desaparecidas após o terremoto e o tsunami que no dia 28 de setembro assolaram a ilha de Celebes, na Indonésia. As autoridades locais prorrogaram nesta quinta-feira as buscas por vítimas a pedido dos familiares.

Segundo a Agência Nacional de Gestão de Desastres (BNPB, sigla em indonésio), as operações de resgate deveriam acabar hoje, mas serão estendidas até a noite de sexta-feira.

O saldo oficial de mortes chegou a 2.073, enquanto 2.549 pessoas ficaram feridas. As equipes de buscas não encontram ninguém vivo sob os escombros por mais de uma semana.

Por sua vez, o governador de Celebes Central, Longki Djanggola, disse aos jornalistas que o período de resposta a emergências será estendido até o dia 26 para reconstruir infraestruturas e atender aos mais de 82.000 deslocados.

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Em Palu, no litoral oeste de Sulawesi, centenas de quilômetros a leste de Bali, sobreviventes aguardavam notícias junto aos escombros que sepultaram seus parentes enquanto trabalhadores e escavadeiras operavam.

“Não tenho mais lágrimas, só o que quero é encontrá-los”, disse Ahmad, agricultor de 43 anos que esperava junto a uma pilha de destroços que um dia foi sua casa no bairro de Balaroa. Sua esposa e suas duas filhas estão desaparecidas nas ruínas.

Balaroa e outros bairros de Palu foram devastados pela liquefação, que acontece quando um terremoto abala um terreno suave e úmido e o transforma em um líquido viscoso e turvo.

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A terceira filha de Ahmad ficou gravemente ferida e foi levada à cidade de Makassar para receber tratamento. “Ela é tudo que me sobrou. Tudo que eu possuía, todo o resto, se foi”, disse.

As autoridades enterraram em valas comuns 969 mortos, enquanto 1.076 corpos foram entregues aos familiares das vítimas.

O presidente da Indonésia, Joko Widodo, disse durante a visita a um colégio islâmico em Jacarta que a distribuição de ajuda humanitária melhorou e que a maior parte do serviço de energia elétrica foi restabelecida, mas admitiu que ainda há deficiências.

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Widodo afirmou que será necessário tempo para a vida voltar ao normal na região, destroçada pela magnitude do terremoto e do tsunami.

Novo tremor

Se ainda fosse necessário algum lembrete sobre a constante movimentação das placas tectônicas da Indonésia, ele veio na forma de um tremor de magnitude 6 no litoral das ilhas de Java e Bali na manhã desta quinta-feira, que matou três pessoas em Java, danificou edifícios e causou pânico.

Em mensagem em sua conta de Twitter, onde incluiu imagens de várias casas destruídas, o porta-voz da BNPB, Sutopo Purwo Nugroho, disse que as vítimas foram encontradas no distrito de Sumenep, no leste de Java.

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O Serviço Geológico dos Estados Unidos, que registra a atividade sísmica no mundo todo, situou o hipocentro a 10 quilômetros de profundidade sob o fundo do mar.

Encontros anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial acontecem nesta semana em Bali. Os mais de 19.000 delegados e outros convidados, incluindo ministros, chefes de bancos centrais e líderes de alguns países, foram surpreendidos pelo tremor.

(Com EFE e Reuters)

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