O Canadá impôs nesta segunda-feira, 15, sanções econômicas contra 43 importantes funcionários do governo da Venezuela, entre eles os responsáveis pelos serviços de Inteligência. Esta é a quarta rodada de medidas deste tipo por parte de Ottawa contra o Executivo de Nicolás Maduro.
Entre os afetados pelas sanções estão Manuel Gregorio Bernal Martínez, ex- diretor do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin), que em julho foi promovido ao posto de major-general, e Iván Rafael Hernández Dala, comandante da Direção Geral de Contrainteligência Militar (DGCIM).
Além disso, também estão na lista Manuel Ricardo Cristopher Figuera, atual diretor do Sebin, Hildemaro José Rodríguez Múcura, delegado do Sebin, e Rafael Enrique Bastardo Mendoza, comandante de uma unidade da Polícia Nacional da Venezuela.
Nas rodadas de sanções anteriores, o Canadá já tinha punido 70 funcionários com medidas similares, que impedem indivíduos ou entidades canadenses de manter relações financeiras com os sancionados.
Ottawa justificou a inclusão dos outros 43, entre os quais há também governadores regionais, na lista de sancionados porque são “responsáveis pela deterioração da situação na Venezuela”.
A ministra das Relações Exteriores do Canadá, Chrystia Freeland, afirmou em comunicado que “hoje o Canadá está tomando medidas para que outras 43 pessoas respondam pelos seus papéis na piora da situação na Venezuela”.
A advogada e ex-vice-promotora do Ministério Público Katherine Nayarith Harrington Padrón, que foi sancionada em 2015 pelo governo do ex-presidente americano Barack Obama (2009-2017) por violação dos direitos humanos, também aparece na lista canadense.
Nesta segunda, é realizada a XII Cúpula de Chanceleres do Grupo de Lima em Santiago, no Chile, para discutir medidas concretas para solucionar a crise da Venezuela. Freeland é a representante do Canadá no evento.
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, também está na reunião, que começou no início da tarde.
Em 23 de janeiro, o líder opositor Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional, se autoproclamou presidente em exercício da Venezuela. O parlamentar usou a Constituição para pautar sua decisão e afirmou considerar ilegítima a reeleição de Maduro nos pleitos do último mês de maio, questionados por parte da comunidade internacional.
Desde então, mais de meia centena de países, entre eles Canadá, Brasil e Estados Unidos, reconheceram Guaidó como governante legítimo da Venezuela.
(Com EFE)