Campanha eleitoral de Macron foi hackeada por grupo russo
Grupo de hackers é o mesmo acusado dos ataques cibernéticos contra Hillary Clinton durante as eleições presidenciais nos Estados Unidos
A campanha eleitoral do candidato social liberal à presidência francesa, Emmanuel Macron, foi hackeada pelo grupo de cibercrimosos russos Pawn Storm, segundo um relatório divulgado pela imprensa francesa.
Pawn Storm, também conhecido como Fancy Bear, é o mesmo grupo que foi acusado de ataques cibernéticos contra a candidata democrata às eleições presidenciais nos Estados Unidos, Hillary Clinton.
O jornal local 20 minutes detalhou que, entre meados de março e meados de abril, o grupo criou quatro nomes de domínios similares aos da equipe do En Marche!, grupo em torno do qual Macron articulou sua candidatura.
Segundo a empresa japonesa Trend Micro, responsável pela elaboração do relatório, os hackers tentaram roubar dados pessoais ou de identificação através do envio de e-mails fraudulentos e também tinham como objetivo infectar computadores com vírus.
A equipe de Macron já tinha anunciado em meados de fevereiro ter sofrido “milhares de ciberataques procedentes das fronteiras russas”, e agora disse não estar surpresa pelas conclusões deste relatório.
O diretor da campanha digital do candidato, Mounir Mahjoubi, disse que nenhuma de suas contas de e-mail foi hackeada e apontou não estar capacitado para poder atribuir a origem destes últimos ataques, os ocorridos entre março e abril.
Macron, de 39 anos, foi líder do primeiro turno das eleições presidenciais da França de domingo com 24,01% dos votos e enfrentará no segundo turno, marcado para 7 de maio, a ultradireitista Marine Le Pen, que obteve 21,3%.
Segundo as sondagens, o ex-ministro de Economia e antigo banqueiro tem vantagem nas eleições diante de Le Pen, que durante a campanha do primeiro turno se reuniu em Moscou com o presidente russo, Vladimir Putin.
Na segunda-feira, o Kremlin, acusado de ingerência na campanha eleitoral de França, negou qualquer envolvimento e assegurou que só os franceses devem decidir quem deve ser seu presidente.
(Com EFE)