‘Bunga bunga’: Berlusconi volta a ser julgado por comprar testemunha
Ex-primeiro-ministro italiano comprou o silêncio do empresário Giampaolo Tarantini em julgamento sobre suas escandalosas festas com prostitutas
O magnata das comunicações e ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, de 82 anos, voltará a ser julgado na Itália por ter pagado um empresário para que este não testemunhasse sobre as suas extravagantes festas, conhecidas como “bunga bunga”, informaram fontes judiciais. O tribunal de Bari fixou nesta sexta-feira, 16, a data para a primeira audiência no dia 4 de fevereiro de 2019.
O caso remonta aos anos de 2008 e 2009, quando explodiu o escândalo das festas com prostitutas organizadas nas residências particulares do então chefe de Governo Berlusconi, para as quais o empresário de Bari Giampaolo Tarantini convidava belas mulheres.
Condenado em primeira instância a oito anos de prisão por incitação à prostituição, Tarantini está em liberdade à espera do processo de apelação.
Berlusconi foi acusado pela Promotoria de Bari de ter pagado ao empresário para que, durante o julgamento, não revelasse detalhes das famosas festas do então governante. “Pagaram a ele centenas de milhares de euros e garantiram assistência jurídica, além de um trabalho fixo, para que mentisse aos juízes”, assegura a Promotoria.
Berlusconi é alvo de vários processos por subornos de testemunhas em Milão, Siena, Roma e Turim, e é acusado de ter pagado milhões de euros para comprar a discrição das participantes, todas mulheres belas e jovens, em suas festas.
Assim como em outros casos, o magnata das comunicações não negou os pagamentos a Tarantini e assegura que apenas quis “ajudar alguém com um família com crianças que estava em dificuldades financeiras”. “Estamos certos de que Berlusconi será absolvido rapidamente”, comentou seu advogado, Nicolo Ghedini, ao jornal La Repubblica.