Assine: Pague menos de R$ 9 por revista

Bolsonaristas destroem relógio da família real, presente de Luís XIV

A peça, considerada raríssima, veio para o Brasil com d. João VI, em 1808, e ficava exposta no terceiro andar do Palácio do Planalto

Por Nathalie Hanna
Atualizado em 9 jan 2023, 18h53 - Publicado em 9 jan 2023, 11h39

Os participantes do ato terrorista, declarados apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto neste domingo, 8, destruíram um relógio do século XIX dado pela corte de Luís XIV para a família real portuguesa.

A peça, que ficava no mesmo andar do gabinete do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é rara e ficou desfigurada: os ponteiros, números e uma estátua de Netuno que ficava em cima do relógio foram arrancados.

“Acabei de chegar no Palácio do Planalto para receber o presidente Lula, o cenário é de caos! Obras de arte históricas foram destruídas, entre elas uma pintura de Di Cavalcanti e um relógio do século XIX que foi dado de presente para d. João VI”, disse o senador Randolfe Rodrigues no Twitter, nesta segunda-feira, 9.

https://twitter.com/randolfeap/status/1612234366557511683

O valioso artefato foi fabricado pelo relojoeiro francês Balthazar Martinot e há uma assinatura dele na peça com design de André-Charles Boulle. Os dois faziam obras para a corte de Luís XIV, apelidado de “Rei Sol”.

Continua após a publicidade

O presente do rei francês veio para o Brasil com d. João VI, em 1808. Segundo o Palácio do Planalto, existem apenas dois relógios Martinot. O outro está exposto no Palácio de Versailles, mas possui a metade do tamanho da peça que foi destruída pelos invasores bolsonaristas.

https://twitter.com/gustzucchi/status/1612457393387966464

O relógio já havia passado por uma restauração após ter sido salvo de um depósito do governo federal em 2012. Na época, uma licitação foi feita para contratar um especialista e fazer com que a peça voltasse a funcionar.

Outras obras também sofreram avarias, segundo levantamento oficial do Palácio do Planalto. O quadro As Mulatas, de Di Cavalcanti, principal peça do Salão Nobre, foi encontrada com sete rasgos, de diferentes tamanhos. Seu valor está estimado em R$ 8 milhões, mas peças desta magnitude costumam alcançar valores até 5 vezes maior em leilões.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

ECONOMIZE ATÉ 65% OFF

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.