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Bogotá passa a limitar circulação de pessoas com rodízio por gênero

Homens e mulheres só estão autorizados a sair de casa para serviços essenciais e em dias alternados

Por Da Redação
Atualizado em 16 abr 2020, 09h33 - Publicado em 16 abr 2020, 09h19

Uma norma que restringe a circulação de pessoas com base no gênero para atividades consideradas essenciais começou a valer na segunda-feira 13 em Bogotá, na Colômbia. Esta foi uma ordem da Prefeitura para diminuir a quantidade de pessoas que saem de casa durante a quarentena determinada para conter a pandemia do novo coronavírus.

A nova determinação visa controlar aqueles que têm de sair para fazer atividades pessoais de extrema necessidade, como compras de alimentos e medicamentos, serviços bancários ou de saúde, ou emergências. A Prefeitura estabeleceu que os homens só podem circular pela cidade em dias ímpares do calendário, enquanto as mulheres estão autorizadas a fazer o mesmo somente nos dias pares.

Quem violar a restrição e for flagrado terá de pagar uma multa de 936.330 pesos (cerca de 1.200 reais), quantia equivalente ao salário mínimo na Colômbia.

“Apenas uma pessoa por família sai para comprar alimentos, ir ao banco, caixas eletrônicos”, anunciou pelo Twitter a prefeita de Bogotá, Claudia López. Exceções foram abertas para aqueles que, devido ao trabalho, estão autorizados a circular independentemente do gênero, como profissionais da saúde e de serviços.

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Quando Lopez anunciou o rodízio baseado no sexo recebeu críticas de grupos que defendem os direitos LGBT, que consideram a medida excludente por não levar em conta as pessoas não binárias, aquelas que não se identificam com nenhum gênero. No entanto, a prefeita, que é lésbica, defendeu a norma e afirmou que busca reduzir em 35% a circulação de pessoas nas ruas de uma cidade de quase 8 milhões de habitantes.

“Se um homem trans é atualmente definido como mulher, poderá sair nos dias em que as demais mulheres saem. Do mesmo modo, as mulheres que se identificam como homens poderão sair em dias ímpares”, explicou.

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A regra que começou a valer em Bogotá já está em vigor em outras cidades da Colômbia, como Medellín, mas não se baseia no gênero, e sim no último número do documento de identidade de cada cidadão. Uma determinação semelhança já havia sido adotada pelo Panamá.

A Colômbia tem 3.105 casos e 131 mortes pelo novo coronavírus. O país está em isolamento desde o final de março, em uma quarentena que foi prorrogada até 26 de abril.

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