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Bill Gates diz que pode sair da lista dos mais ricos do mundo em breve

O cofundador da Microsoft afirmou que corre risco de sumir do ranking ao prometer doar 'praticamente toda a sua fortuna' para instituições de caridade

Por Da Redação
14 jul 2022, 10h53

O bilionário Bill Gates disse que deve desocupar sua posição de quarto homem mais rico do mundo ao se comprometer a doar parte de seu patrimônio.

+ O seleto clube dos (ainda) mais ricos entre os bilionários do mundo

O cofundador da Microsoft anunciou na quarta-feira, 13, em seu perfil no Twitter, a transferência de US$ 20 bilhões (R$ 1 trilhão) para a Fundação Bill & Melinda Gates, o fundo de caridade que ele criou com sua ex-esposa em 2000.

+ Separação de Bill e Melinda Gates abala o mundo da filantropia

“À medida que olho para o futuro, pretendo dar praticamente toda a minha riqueza à fundação”, escreveu o bilionário, acrescentando que, após a doação, iria “descer e eventualmente sair da lista das pessoas mais ricas do mundo”.

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Justificando o gesto, o filantropo afirmou que tinha uma “obrigação” de devolver seus recursos à sociedade, com o objetivo de reduzir o sofrimento e melhorar vidas. Gates também incentivou que outros bilionários sigam seu exemplo.

Ele mencionou os recentes “contratempos globais”, incluindo a pandemia, a guerra na Ucrânia e a crise climática como fatores que motivaram o aumento de US$ 6 bilhões para US$ 9 bilhões por ano em seus gastos com caridade até 2026.

Segundo a revista Forbes, Gates tem um patrimônio líquido avaliado em US$ 118 bilhões. Em 2010, ele comprometeu a doar grande parte de sua fortuna, mas ela mais que dobrou desde então.

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O magnata deteve o título da Forbes de pessoa mais rica do mundo entre 1995 e 2010 e novamente de 2013 a 2017. Contudo, em 2017, o fundador da Amazon, Jeff Bezos, o derrubou do pódio e em 2022, o presidente-executivo da Tesla, Elon Musk, conquistou a liderança da lista. 

A Fundação Gates, segunda maior instituição de caridade do mundo, trabalha em países para erradicar doenças como a malária, melhorar a educação e combater a falta de saneamento. O fundo também é o maior doador privado da Organização Mundial da Saúde (OMS), perdendo apenas para os EUA com sua doação anual em 2018.

Embora seja reconhecida por seu trabalho, a organização tem sido alvo de críticos que levantaram preocupações sobre a ética de um empreendimento privado que exerce uma influência tão grande. 

As preocupações com isso se tornaram mais evidentes depois que o ex-presidente Donald Trump ameaçou retirar o financiamento dos Estados Unidos. 

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