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Biden quer aprovar financiamento para guerras na Ucrânia e em Israel

Unindo os gastos com os dois conflitos em um só pacote, democratas esperam conseguir mais apoio para guerra no Leste Europeu

Por Da Redação
Atualizado em 20 out 2023, 14h43 - Publicado em 20 out 2023, 14h27
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  • O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse na quinta-feira, 19, que a história mundial está em “um ponto de inflexão”, ao defender bilhões de dólares em ajuda financeira adicional para a Ucrânia e Israel. Num discurso na Casa Branca, ele disse que tanto o Hamas quanto a Rússia querem “aniquilar uma democracia vizinha”.

    Biden prometeu enviar um pedido urgente de financiamento, estimado em US$ 105 bilhões (R$ 530 bilhões), ao Congresso nesta sexta-feira, 20. Porém, a Câmara dos Deputados está sem liderança, portanto paralisada, e não pode aprovar nenhum tipo de gasto.

    O pedido de ajuda emergencial “pagaria dividendos à segurança americana por gerações”, de acordo com o presidente. Ele também condenou quaisquer atos de ódio contra judeus ou muçulmanos nos Estados Unidos, e lamentou o assassinato de Wadea al-Fayoume, uma criança palestino-americana de 6 anos, em Chicago, nesta semana.

    + Hamas e Putin ‘querem aniquilar democracias vizinhas’, diz Biden

    “Devemos denunciar sem equívocos o antissemitismo”, disse Biden. “Devemos também denunciar sem equívocos a islamofobia.”

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    A Casa Branca ainda não divulgou detalhes sobre o esperado pacote de ajuda. Analistas especulam que o plano incluiria US$ 60 bilhões (R$ 303 bilhões) para a Ucrânia e reposição dos arsenais americanos, US$ 14 bilhões (R$ 70 bilhões) para Israel, US$ 10 bilhões (R$ 50 bilhões) para esforços humanitários, US$ 7 bilhões (R$ 35 bilhões) para a região do Indo-Pacífico e Taiwan e mais US$ 14 bilhões para reforçar as fronteiras dos Estados Unidos.

    Os democratas esperam que, ao unir os diferentes pacotes de ajuda, possam ganhar apoio para o financiamento da Ucrânia, ao qual vários republicanos se opõem. O pedido vai chegar em um Congresso efetivamente congelado, uma vez que os republicanos da Câmara não conseguiram eleger um presidente depois de demitirem Kevin McCarthy.

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    “Não podemos permitir que políticas mesquinhas, partidárias e raivosas atrapalhem a nossa responsabilidade como grande nação. Não podemos e não permitiremos que terroristas como o Hamas e tiranos como Putin vençam. Me recuso a permitir que isso aconteça”, disse Biden.

    O líder republicano do Senado se manifestou favorável a adotar a medida, mas há oposição dentro do partido. Oito opositores, liderados pelo senador do Kansas, Roger Marshall, escreveram numa carta criticando a ligação dos dois conflitos.

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    “Estes são dois conflitos são separados e não relacionados. Seria equivocado promover o apoio à ajuda a Israel numa tentativa de conseguir ajuda [financeira] adicional para a Ucrânia”, disse a carta.

    Nas redes sociais, o senador republicano de Ohio, JD Vance, também criticou a iniciativa.

    “Ele está usando crianças mortas em Israel para vender sua desastrosa política para a Ucrânia”, escreveu Vance.

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