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Biden diz que Israel apresentou novo ‘roteiro’ para cessar-fogo em Gaza

Novo plano tem três fases, com libertação de reféns do Hamas em troca de prisioneiros palestinos e retirada completa de soldados israelenses de Gaza

Por Da Redação
31 Maio 2024, 16h07

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta sexta-feira, 31, que Israel apresentou uma “nova proposta abrangente” que fornece um “roteiro” para um cessar-fogo na guerra contra o Hamas em Gaza, bem como para a libertação de todos os reféns detidos pelo grupo terrorista palestino.

Segundo o líder americano, a proposta transmitida pelo Catar ao Hamas apresenta, como em planos anteriores, algumas fases. A primeira duraria seis semanas e incluiria um “cessar-fogo total e completo, com a retirada das forças israelenses de todas as áreas povoadas de Gaza”, além da “libertação de uma série de reféns, incluindo mulheres, idosos e feridos, em troca da libertação de centenas de prisioneiros palestinos”.

Já a fase dois permitiria a troca de prisioneiros palestinos “pela libertação de todos os reféns vivos restantes, incluindo soldados do sexo masculino”, o que não estava previsto anteriormente. Na terceira, segundo Biden, começaria “um grande plano de reconstrução para Gaza”, enquanto “quaisquer restos mortais de reféns que foram mortos serão devolvidos às suas famílias”.

Críticas à Casa Branca

Respondendo diretamente aos americanos que criticaram o apoio dos Estados Unidos a Israel enquanto mais de 36 mil palestinos morriam em Gaza, Biden admitiu que civis demais foram vítimas da guerra e qualificou a situação de “um dos problemas mais difíceis e complicados do mundo”.

O líder americano acrescentou que os mais de sete meses desde os ataques terroristas de 7 de outubro contra o território israelense, que desencadearam o conflito, foram marcados por uma “dor de partir o coração” tanto para as vítimas israelenses, os reféns e suas famílias, quanto para o povo palestino, que segundo ele vive um “inferno”. “Muitas pessoas inocentes foram mortas”, incluindo “milhares de crianças”, reconheceu.

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No que pareceu ser um aceno aos protestos pró-Palestina que chacoalharam dezenas de campi universitários nos Estados Unidos, Biden disse que sabe que “este é um assunto sobre o qual as pessoas neste país sentem convicções profundas e apaixonadas”.

“Eu também (me sinto assim). Não há nada fácil nisso”, disse ele.

Biden enfatizou que os Estados Unidos trabalham “incansavelmente” tanto para apoiar a ofensiva israelense, quanto para enviar suprimentos humanitários a Gaza e para “conseguir um cessar-fogo e um acordo para pôr fim a esta guerra hostil”.

Negociações difíceis

Nesta semana, Israel apresentou novas ideias sobre as negociações de reféns e cessar-fogo aos mediadores do conflito, disse na terça-feira uma fonte diplomática familiarizada com as negociações à emissora americana CNN. A fonte, porém, não detalhou quais são as novidades.

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As conversas indiretas entre as partes do conflito foram interrompidas há três semanas sem acordo, depois de não terem conseguido chegar a um acordo sobre alguns dos termos.

Na quinta-feira 30, o Hamas disse ter informado os mediadores que está “preparado para chegar a um acordo abrangente” que inclua um acordo completo de troca de reféns e prisioneiros – se Israel interromper as hostilidades em Gaza. Um comunicado do grupo afirmou que, de sua parte, demonstrou “flexibilidade e positividade ao lidar com os esforços dos mediadores ao longo de todas as rodadas anteriores de negociações indiretas”. Já Israel, segundo o Hamas, usou as conversas como disfarce para continuar a guerra.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, insistiu repetidamente que é necessário continuar os combates até que o Hamas seja completamente destruído.

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