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Bélgica recorre a forças estrangeiras contra incursões de drones e suspeita da Rússia

Invasão do espaço aéreo forçou fechamento de aeroportos e ameaçou uma usina nuclear no país; governo autorizou gasto emergencial em sistemas antidrones

Por Júlia Sofia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 nov 2025, 19h09 - Publicado em 10 nov 2025, 18h05

O governo da Bélgica pediu ajuda de tropas estrangeiras para rastrear e interceptar drones que têm sobrevoado áreas sensíveis do país, incluindo aeroportos, bases militares e uma usina nuclear. A informação foi divulgada nesta segunda-feira, 10, pela agência de notícias Reuters. As autoridades belgas suspeitam que as incursões, registradas nas últimas duas semanas, possam estar ligadas à Rússia, embora ainda não haja provas diretas da origem dos aparelhos.

Os incidentes já provocaram o fechamento temporário do aeroporto de Bruxelas e de outras instalações estratégicas, aumentando a preocupação com possíveis operações de espionagem em território europeu.

Os primeiros avistamentos ocorreram na semana passada e obrigaram as autoridades a suspender as operações no aeroporto de Bruxelas, o mais movimentado do país, por várias horas. Casos semelhantes também foram registrados no aeroporto de carga de Liège e em uma base aérea próxima. No resto do continente, Polônia, Romênia, Alemanha, Noruega e Dinamarca — membros da Otan, principal aliança militar ocidental, convém lembrar — registraram veículos aéreos não tripulados nos seus territórios nos últimos meses.

“Não estamos dizendo que é a Rússia, mas parece a Rússia. Não conseguimos vincular nenhum incidente a um ator específico — ainda não temos nada”, afirmou um funcionário belga sob anonimato. “Estamos trabalhando com parceiros internacionais para tentar localizar a origem dos drones e capturar um deles.”

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Ameaça russa

A embaixada russa em Bruxelas negou qualquer envolvimento, afirmando em nota que Moscou “não tem motivo nem interesse” em tais atividades. Ainda assim, o ministro da Defesa belga, Theo Francken, admitiu que o país é alvo de atenção por abrigar ativos financeiros russos congelados pela União Europeia (UE) no sistema Euroclear, fundos que o bloco pretende usar para financiar a defesa e a reconstrução da Ucrânia. O Kremlin já advertiu que uma decisão nesse sentido provocaria uma “resposta dolorosa”.

Para lidar com as ameaças, equipes antidrones da França, Alemanha e Reino Unido foram destacadas para a Bélgica. Cerca de vinte especialistas da Força Aérea Real britânica chegaram com equipamentos capazes de bloquear os sinais eletrônicos usados por drones para navegação e controle remoto. “Ainda não sabemos a origem desses drones, mas estamos ajudando a Bélgica com nossos sistemas e capacidades”, declarou o chefe das Forças Armadas britânicas, Richard Knighton, à emissora britânica BBC.

Segundo as autoridades belgas, alguns drones vistos eram de grande porte e voavam em formação, o que indica operação por profissionais altamente treinados. O governo anunciou na última sexta-feira, 7, a liberação de 50 milhões de euros (cerca de 306 milhões de reais) para investir em tecnologias de detecção e neutralização de drones, embora o prazo para a chegada dos equipamentos ainda não tenha sido definido. Em paralelo, ainda no final de setembro, a UE anunciou a construção de um “muro de drones” para conter as incursões russas.

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