O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira, 11, um “acordo de paz” entre Israel e Bahrein. É o segundo país árabe a estabelecer relações diplomáticas com o país hebreu. No dia 13 de agosto, os Emirados Árabes Unidos, por intermédio do presidente americano, também assinaram um acordo de paz.
“Outra conquista histórica hoje! Nossos grandes amigos Israel e Bahrein firmaram um acordo de paz – o segundo país árabe a fazer pazes com Israel em 30 dias”, escreveu Trump no Twitter.
Na próxima terça-feira, o mandatário americano será o anfitrião da assinatura do tratado entre as autoridades de Israel e Emirados Árabes, na Casa Branca. Em vídeo divulgado após o anúncio de Trump, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, comemorou o acordo com o Bahrein.
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— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) September 11, 2020
“Investimos na paz durante muitos anos e, agora, a paz investirá em nós. Isto levará a grandes investimentos na economia israelense, o que é muito importante. Esta é uma nova era de paz. Paz em troca de paz, economia em troca de economia”, comentou Netanyahu, ao antecipar que haverá mais acordos como este.
Trump também publicou um comunicado no qual, junto ao rei do Bahrein, Hamad bin Khalifa, e a Netanyahu, acordaram o estabelecimento de laços diplomáticos.
“Isto é um marco histórico rumo à paz no Oriente Médio. A abertura de um diálogo direto e de relações entre duas sociedades dinâmicas e economias avançadas continuará a transformação positiva do Oriente Médio e aumentará a estabilidade, a segurança e a prosperidade na região”, informa a nota.
Como outros Estados árabes, o Bahrein sempre apoiou as reivindicações palestinas de terras e direitos, e por isso não mantinha relações estáveis com Israel, No ano passado, porém, participou do lançamento do plano de paz entre Israel e os palestinos, criado pelo governo Trump.
Os Estados Unidos agradeceram ao reino árabe pela organização do fórum econômico “Paz para a Prosperidade” em junho de 2019, em Manama, “para progredir na causa da paz, dignidade e oportunidades econômicas para o povo palestino”.
O comunicado acrescenta que “as partes continuarão os esforços para chegar a uma resolução justa, global e duradoura para o conflito palestino-israelense que permita que o povo palestino alcance seu potencial completo”.
O fórum, organizado conjuntamente pelos Estados Unidos e Bahrein, propôs impulsionar o desenvolvimento econômico da Palestina, mas rejeitou abordar aspectos políticos do conflito. A inciativa foi criticada por representantes civis e ONGs nos demais países árabes, além de não ter contado com representação palestina e de ter ganhado pouca relevância entre a opinião pública israelense.
Com o anúncio desta sexta-feira, o Bahrein se torna o quarto país árabe a estabelecer relações diplomáticas plenas com Israel, após Emirados Árabes, Egito, em 1979, e o Reino da Jordânia, em 1994.
(Com EFE)