Centenas de pessoas se reuniram nesta sexta-feira nas imediações da praça Dupont em Washington em uma manifestação em defesa da legalização da maconha em paralelo à posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, na qual milhares de cigarros de maconha foram distribuídos gratuitamente.
A convocação, organizada pelo grupo DCMJ (District of Columbia Marijuana) que defende a legalização da maconha nos Estados Unidos, procura alertar contra um hipotético retrocesso no processo de liberalização de seu consumo. No Distrito de Columbia, área federal onde localiza-se a capital Washington, a droga é liberada para consumo recreativo.
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Entre os participantes, a grande maioria de críticos de Trump, também era possível ver um ou outro simpatizante do magnata nova-iorquino que se tornará hoje o 45º presidente americano. “É um ato político, depois de uma das campanhas eleitorais mais polarizadoras que se lembram”, declarou Adam Eidinger, diretor da DCMJ. Em Washington a posse de maconha é legal, mas sua comercialização está proibida, uma vez que o orçamento da cidade está controlado pelo Congresso americano.
“Estamos realmente preocupados. Apenas por condenações por posse de maconha 2,5 milhões de pessoas perderam o direito a voto de maneira permanente nos últimos 25 anos”, acrescentou Eidinger, em referência às leis de grande parte dos estados dos EUA que suprimem tal direito de quem foi condenado.
O nomeado por Trump como procurador-geral dos EUA, Jeff Sessions, é um aberto oponente à legalização da maconha, motivo pelo qual os ativistas temem que os avanços conquistados nos últimos anos possam ser revertidos nos EUA, onde oito estados permitem seu consumo recreativo (Colorado, Oregon, Washington, Alasca, Califórnia, Massachusetts, Maine e Nevada).
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Timothy Kelly, que votou em Trump nas últimas eleições, defendeu a legalização como uma questão de responsabilidade individual. “É sua opção querer fumar ou não. Mas a polícia dedica mais tempo a caçar a gente que só está fumando maconha do que as pessoas que estão roubando e atirando”, afirmou Kelly a um grupo de jornalistas.
(Com agência EFE)