O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou neste domingo que a “fase mais intensa da guerra com o Hamas está prestes a terminar” e que, em seguida, os soldados israelenses terão como alvo o grupo militante libanês Hezbollah.
Ataques israelenses contra escolas da ONU matam ao menos 24 palestinos
Locais eram usados como centros de abrigo no distrito de al-Daraj, na Cidade de Gaza
A Força Aérea Israelense lançou três ataques aéreos na Cidade de Gaza na manhã desta terça-feira, 25, matando pelo menos 24 pessoas em duas escolas e em um campo de refugiados, segundo as autoridades de saúde de Gaza.
Um dos ataques atingiu uma casa no campo de refugiados Shati, um dos oito campos históricos de refugiados da Faixa de Gaza, deixando pelo menos 10 pessoas mortas, incluindo a irmã e outros parentes de Ismail Haniyeh, chefe do grupo militante palestino Hamas. A casa em Shati pertencia à família de Haniyeh, líder da diplomacia do Hamas que hoje vive no Catar.
Os outros dois ataques atingiram duas escolas da agência da ONU para refugiados palestinos (UNRWA) usadas como centros de abrigo no distrito de al-Daraj, na Cidade de Gaza, matando pelo menos 14 pessoas, incluindo crianças.
Militares israelenses alegam que a operação tinha como alvo militantes do Hamas envolvidos no ataque de 7 de outubro e que atacaram duas estruturas “usadas por terroristas do Hamas em Shati e Daraj Tuffah, no norte da Faixa de Gaza”.
“Os terroristas operaram dentro de complexos escolares que foram usados pelo Hamas como escudo para suas atividades terroristas”, alegaram os militares.
O Hamas, por sua vez, nega a utilização de instalações civis, como escolas e hospitais, para fins militares e classificou os três ataques israelenses como “massacres”.
Situação em Rafah
Por terra, Israel também avançou em áreas de Rafah, cidade que abrigava mais de um milhão de pessoas antes do início da mais recente ofensiva no local, explodindo casas durante a madrugada desta terça-feira. Em Khan Younis, no oeste da cidade, um acampamento foi bombardeado por tanques israelenses, segundo médicos da região.
Em resposta, o Hamas e os grupos aliados da Jihad Islâmica afirmaram em um comunicado que dispararam morteiros contra as forças israelenses no bairro de Yibna, no leste de Rafah.