A agência estatal de notícias do Líbano informou nesta terça-feira, 21, que um ataque aéreo de Israel no sul do país matou ao menos três pessoas, sendo dois jornalistas e um civil. A televisão libanesa Al-Mayadeen afirmou que os repórteres eram seus funcionários.
A Agência Nacional de Notícias libanesa relatou “a morte de três cidadãos – dois jornalistas e um civil – em bombardeios inimigos” na área de Tair Harfa, a cerca de 1 quilômetro da fronteira israelense.
A emissora Al-Mayadeen emitiu um comunicado informando que seu “correspondente Farah Omar e o cinegrafista Rabih Maamari foram mortos por um ataque israelense”. Além de atribuir responsabilidade a Israel pelo ataque, a emissora afirmou que as forças de Tel Aviv alvejaram deliberadamente os jornalistas.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) disseram nesta terça-feira que haviam atingido alvos do grupo paramilitar xiita Hezbollah, aliado libanês do grupo terrorista Hamas, incluindo esquadrões de lançamento de mísseis e outras instalações militares. No entanto, Tel Aviv não comentou as supostas mortes de civis e membros da imprensa.
Combates entre Israel e o Hezbollah, uma facção islâmica apoiada pelo Irã, como o Hamas, eclodiram na fronteira israelo-libanesa quase imediatamente após o grupo palestino, que atua na Faixa de Gaza, lançar um ataque no sul de Israel em 7 de outubro. Além de lançar mais de 200 foguetes contra cidades no sul e Tel Aviv, a operação deixou 1.200 pessoas mortas, enquanto outras 240 foram sequestradas.
Depois disso, a violência começou a aumentar não só em Gaza, mas também no norte de Israel, na fronteira com o Líbano. É o pior cenário na região desde que Israel e o Hezbollah travaram uma guerra em 2006. Até agora, mais de 70 combatentes do Hezbollah foram mortos, bem como 13 civis libaneses, sete soldados israelenses e três civis israelenses.
Trocas constantes de disparos entre as forças israelenses e os militantes do Hezbollah elevaram os receios de uma escalada incontrolável do conflito no Oriente Médio. Caso mais nações da região entrem nas batalhas, pode estabelecer-se um conflito regional – o que atrairia tanto os Estados Unidos, aliado de Israel, como o Irã, patrocinador das facções anti-Israel no Líbano, Síria, Gaza e Iraque.