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Ataque da Ucrânia a base russa coloca liderança militar de Moscou em xeque

Um míssil ucraniano atingiu uma base militar russa em Makiivka, deixando dezenas de soldados mortos e expondo fragilidades do exército do Kremlin

Por Da Redação
3 jan 2023, 09h07

Um relatório do centro de pesquisas Instituto para o Estudo das Guerras informou nesta terça-feira, 3, que o ataque ucraniano a uma base russa em Makiivka, na região ocupada de Donetsk, gerou “críticas significativas à liderança militar russa”. Vários comentaristas pró-guerra proeminentes não só reconheceram o ataque, que foi o mais amplo da Ucrânia até agora, como sugerem que o número de baixas foi maior do que o relatado oficialmente.

O míssil atingiu um prédio na cidade de Makiivka na segunda-feira 2, onde as forças russas mantinham uma base importante. Autoridades pró-Rússia da região confirmaram apenas 63 soldados mortos, enquanto a Ucrânia disse que houve cerca de 400 baixas.

Mesmo com o número reduzido, o incidente ainda se caracterizaria como um dos ataques individuais mais mortíferos contra as forças russas na Ucrânia desde o início da guerra.

O estado-maior das forças armadas da Ucrânia disse que até 10 unidades de equipamento militar russo de vários tipos em Makiivka  foram danificadas ou destruídas. Seus militares caracterizaram a ação como “um ataque contra mão de obra e equipamento militar russo”.

Imagens de satélite tiradas pela empresa norte-americana Planet Labs, que supostamente mostram as consequências do ataque em Makiivka, circularam online, mostrando o prédio que supostamente abrigou soldados russos antes e depois de ser atingido. As imagens, datadas de 2 de janeiro, mostram um prédio quase totalmente arrasado. Imagens não verificadas postadas online após a explosão também mostraram um enorme prédio reduzido a escombros fumegantes.

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Vários blogueiros e comentaristas pró-guerra russos proeminentes criticaram os militares de Moscou pela vulnerabilidade.

“O que aconteceu em Makiivka é horrível”, escreveu Arcanjo Spetznaz Z, um blogueiro militar russo com mais de 700 mil seguidores no Telegram.

“Quem teve a ideia de colocar tantos soldados em um prédio, onde até um tolo entende que mesmo que sejam atingidos com artilharia, haverá muitos feridos ou mortos?” ele escreveu. Os comandantes “não se importam” com a munição armazenada em desordem no campo de batalha, disse ele. “Cada erro tem um nome.”

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“Alojar soldados em prédios em vez de alojá-los em abrigos ajuda diretamente o inimigo. Da situação em Makiivka é necessário tirar as conclusões mais difíceis”, escreveu Andrey Medvedev, um jornalista ultraconservador que é vice-presidente do parlamento da cidade de Moscou.

Vladlen Tatarsky, um blogueiro militar que Putin conheceu no Kremlin em setembro, pediu um tribunal para a liderança militar russa, descrevendo os altos oficiais de Moscou como “idiotas destreinados” em um post no Telegram.

O reconhecimento da Rússia de dezenas de mortes em um incidente foi quase sem precedentes. Moscou raramente divulga números de suas baixas e, quando o faz, os números são geralmente baixos – reconheceu apenas uma morte entre uma tripulação de centenas quando a Ucrânia afundou seu principal cruzador Moskva em abril.

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