As sanções não vão nos parar, diz Coreia do Norte
Pyongyang afirmou que as sanções aprovadas pela ONU na semana passada são “o ato de hostilidade mais vicioso, antiético e desumano”
A Coreia do Norte advertiu nesta segunda-feira que as sanções impostas pela Organização das Nações Unidas (ONU) e a pressão contra seu governo farão com que o país acelere seu programa nuclear. “O aumento das medidas dos Estados Unidos e de seus subordinados para impor sanções e pressão contra a República Democrática da Coreia vão somente aumentar nosso ritmo para a finalização da força nuclear do Estado”, diz o comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores por meio da agência de notícias KCNA.
Pyongyang afirmou que as sanções aprovadas pela ONU na semana passada são “o ato de hostilidade mais vicioso, antiético e desumano”, que visa a “exterminar fisicamente” a população norte-coreana, seu sistema e governo.
As medidas do Conselho de Segurança da ONU foram impostas logo após o sexto e mais forte teste nuclear da Coreia do Norte, no início do mês. As sanções buscam privar o país do combustível e da renda necessários para o desenvolvimento de seu programa de armas, restringindo as importações de petróleo e proibindo as exportações de têxteis.
Estados Unidos e China
Nesta segunda, o presidente americano Donald Trump e seu colega chinês, Xi Jinping, comprometeram-se a “maximizar a pressão sobre a Coreia do Norte”, após uma conversa por telefone. Segundo a Casa Branca, durante a ligação ambos os líderes concordaram que suas próximas ações seriam baseadas em “um contundente cumprimento das resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas”.
Trump está em Nova York para a Assembleia-Geral das Nações Unidas, mas Xi, que tem um importante congresso do Partido Comunista que consolidará sua liderança durante os próximos cinco anos, não poderá comparecer ao evento na ONU.
O programa nuclear e de mísseis da Coreia do Norte é um dos temas principais da reunião anual, que começa oficialmente nesta terça. Trump anunciou na quinta-feira sua intenção de visitar a China, Japão e Coreia do Sul em novembro, em sua primeira viagem pela Ásia.
(Com AFP)