O Índice Mundial de Custo de Vida, publicado anualmente pela britânica Economist Intelligence Unit (EIU), foi divulgado nesta quinta-feira, 30. Entre as dez cidades mais caras do globo, quatro ficam da Europa, três nos Estados Unidos e outras três na Ásia, sendo uma delas no Oriente Médio.
De acordo com a pesquisa, o custo de vida médio aumentou 7,4% este ano. Um valor ainda distante da tendência histórica, mas ligeiramente inferior aos 8,1% registrados na edição do ano passado. O setor de alimentos foi o que mais sofreu com a alta dos preços.
As 10 cidades mais caras do mundo em 2023
- Zurique, na Suíça, e a cidade-Estado de Singapura foram apontadas como as cidades mais caras do mundo. A primeira despontou da sexta colocação para o topo do ranking, em apenas um ano, numa ascensão explicada pela força do franco suíço, junto aos altos preços dos alimentos, utensílios domésticos e recreação.
- Nova York, nos Estados Unidos, e Genebra, na Suíça, ficaram com o segundo lugar. O destino americano, que estava na primeira posição no último levantamento, perdeu duas posições. Mas os preços por lá continuam a subir, com um aumento de 1,9%.
- Hong Kong ficou com o quinto lugar.
- Los Angeles, outra cidade americana, ficou na sexta posição.
- Paris, capital do amor e da França, ficou com a sétima colocação.
- Tel Aviv, em Israel, divide o oitavo lugar com Copenhague, na Dinamarca. Mas a pesquisa aconteceu antes do conflito Israel-Hamas, iniciado em 7 de outubro.
- São Francisco, terceira cidade dos Estados Unidos, fecha a dezena, na posição final.
As expectativas para a inflação
O custo de vida elevado se tornou uma constante para os grandes centros do mundo todo, e alguns grandes centros foram mais afetados. Os indicadores apontam, no entanto, que os serviços públicos, categoria que mais cresce na pesquisa de 2022, apresentaram o menor nível de inflação desta vez.
“Esperamos que a inflação continue a desacelerar em 2024, à medida que o impacto desfasado dos aumentos das taxas de juro comece a afectar a atividade econômica e, por sua vez, a procura do consumidor”, disse a chefe do Custo de Vida Mundial da EIU, Upasana Dutt, em comunicado.
“Novas escaladas da guerra Israel-Hamas aumentariam os preços da energia, enquanto um impacto maior do que o esperado do El Niño aumentaria ainda mais os preços dos alimentos”, acrescentou.