Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Argentina rejeita descriminalizar o aborto

Projeto terminou de ser votado nesta madrugada (9) e teve 31 votos a favor, 38 contra e duas abstenções

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 20h13 - Publicado em 9 ago 2018, 07h42

O Senado da Argentina decidiu na madrugada desta quinta-feira (9) vetar o projeto de lei que pretendia descriminalizar o aborto até a 14ª semana de gestação.

Embora o texto da Lei de Interrupção Voluntária da Gravidez tivesse sido aprovado no dia 14 de junho pela Câmara dos Deputados, o projeto não passou no Senado. Foram 31 votos a favor, 38 contra e duas abstenções, de um total de 72 cadeiras (houve uma ausência).

Promotor do debate, o presidente Mauricio Macri disse que “não importa qual seja o resultado, hoje ganhará a democracia”.

O projeto, que visava descriminalizar qualquer aborto até a 14ª semana de gestação — e não apenas nos casos atuais de estupro ou perigo de saúde da mãe —, gerou fortes divisões tanto dentro do governo como na oposição, por isso o resultado já era esperado.

Continua após a publicidade

O debate começou às 10h30 de quarta (8) e durou cerca de 16 horas. Foram 64 discursos ao todo e muitas intervenções. Após o final da sessão, os senadores deixaram o Congresso rapidamente, muitos decepcionados com o resultado.

Essa foi a sexta vez que a iniciativa de aprovar o aborto foi apresentada no Congresso do país vizinho. Anteriormente, não havia sequer sido debatida. Ao ser rejeitado no Senado, o projeto não poderá voltar a pauta novamente para avaliação parlamentar até o próximo ano.

Ainda assim, os principais parlamentares e grupos apoiadores da medida se dizem felizes por terem inserido o debate sobre a legalização na sociedade argentina com tanta força.

Continua após a publicidade

“O futuro não pertence ao ‘não’. Cedo ou tarde, as mulheres terão a resposta normativa de que precisam. Cedo ou tarde, o ‘sim’ vai ganhar este debate”, disse o senador Miguel Angel Pichetto, chefe do bloco do Partido Justicialista (peronista) em seu discurso de encerramento.

Os setores a favor da lei também avaliam convocar um referendo. “Quando há uma Câmara que opina de uma maneira e outra que pensa de outra maneira, caso seja rejeitado, isso mostra que a representação do povo está dividida. Isso faz necessário, talvez, um sistema de decisão de democracia direta previsto pela Constituição, por meio da consulta vinculante. É possível que proponhamos isso”, antecipou Daniel Lipovetzky, deputado do governista Cambiemos, encarregado do debate na Câmara baixa.

Um dos discursos mais esperados da sessão foi o da ex-presidente e senadora Cristina Kirchner, que apoiou o projeto de lei, apesar de durante seus anos de governo ter se negado a permitir o debate sobre o tema no Congresso. Segunda ela, sua mudança de opinião foi motivada pelas “milhares e milhares de mulheres que se reuniram nas ruas”.

Continua após a publicidade

Manifestações populares e confronto

Na parte externa do Congresso e no meio de um forte dispositivo de segurança, milhares de pessoas contra e a favor da lei se concentraram durante todo o dia, após vários meses de uma grande atividade das duas partes na defesa de suas posições.

Após a sessão, em plena madrugada, foram registrados incidentes na saída da multidão que estava reunida no local. Ao menos oito pessoas foram detidas por confrontos com a Polícia.

As mulheres que se reuniram na Praça do Congresso durante a votação acenderam pequenas fogueiras para se esquentar durante a madrugada fria. Após a divulgação do resultado, pequenos grupos usaram pedaços de madeira para aumentar o fogo.

Continua após a publicidade

A Polícia usou hidrantes para apagar as chamas. Molhados, alguns manifestantes estão passaram a atacar os carros policiais e a jogar pedras e outros objetos contra os oficiais, que reagiram com gás lacrimogêneo.

(Com EFE, AFP e Reuters)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.