Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Argentinas pró-aborto protestam com trajes de “O Conto da Aia”

Aprovado pela Câmara dos Deputados, projeto que descriminaliza o aborto deverá ser votado em 8 de agosto; Macri promete não vetar nova lei

Por Da Redação
26 jul 2018, 15h11

Vestidas como a personagem principal da série de televisão “O Conto da Aia”, as integrantes da organização Jornalistas Argentinas fizeram uma manifestação ontem (25) em favor da aprovação da lei que descriminaliza o aborto até a 14ª semana de gestação em frente ao Congresso, em Buenos Aires. A Câmara dos Deputados já aprovou o projeto, que deverá ser submetido ao plenário do Senado em 8 de agosto.

As manifestantes defendem o direito de as mulheres decidirem sobre seus corpos e sobre a continuidade de gestações indesejadas. O movimento entregou uma carta a senadores na qual insistiram na necessidade de não haver mais postergação da votação. O presidente argentino, Maurício Macri, já avisou que não vetará a nova lei, embora se diga pessoalmente contrário à liberalização do aborto.

As manifestantes caminharam pelas ruas de Buenos Aires em fila indiana e em silêncio, cada uma coberta pelo manto vermelho e com gorro branco na cabeça, assim como as aias da série da produtora americana Hulu, baseada no livro “The Handmaid´s Tale”, da escritora canadense Margaret Atwood.

Continua após a publicidade

No Brasil, a primeira temporada da série foi exibida neste ano pelo canal Paramount, que promete colocar no ar a segunda parte até dezembro. Pelo Twitter, a escritora deu apoio às ativistas e pediu à vice-presidente argentina, Gabriela Michetti, apoio à causa.

“Bem agora, mulheres na Argentina estão lutando por seus direitos e suas vidas”, afirmou Atwood em sua mensagem. “Não dê as costas às milhares de mortes [causadas] por abortos ilegais. Deem às mulheres argentinas o direito de escolher!”, escreveu ela para Michetti.

Continua após a publicidade

A referência ao best-seller e à série de televisão deu um apelo adicional e mais visibilidade à causa do grupo Jornalistas Argentinas . “O Conto da Aia” traz a história de uma nova forma de governo a totalitário e fundamentalista religioso adotado em parte dos Estados Unidos depois de uma revolução e do colapso ambiental que, entre outros, prejudicou a fertilidade das mulheres

Na ficção, as mulheres que continuaram férteis foram escravizadas, com a missão de conceber e dar à luz a bebês para as famílias das autoridades de Gilead, o novo país formado por parte da atual costa leste americana. Para tanto, elas são estupradas a cada mês pelo chefe da família. O descumprimento de uma série de regras de conduta é punido com mutilações. As mulheres inférteis, de forma geral, são proibidas de ler, escrever e trabalhar e obrigadas a se trajarem com vestidos discretos sempre da cor azul petróleo.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.