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Arábia Saudita denuncia sabotagem de navios petroleiros

País diz que ataques são tentativas de "minar a segurança da oferta de petróleo" em meio a tensões entre EUA e Irã

Por Reuters 14 Maio 2019, 02h56

A Arábia Saudita denunciou, nesta segunda-feira 13, que dois de seus navios petroleiros estavam entre embarcações atingidas na costa dos Emirados Árabes Unidos, e descreveu o incidente como uma tentativa de “minar a segurança da oferta de petróleo bruto” em meio às tensões entre os Estados Unidos e o Irã.

Os Emirados Árabes Unidos disseram no domingo que quatro embarcações comerciais foram sabotadas perto do Emirado de Fujairah, um dos maiores centros de abastecimento do mundo, pouco depois do estreito de Hormuz. A natureza do ataque não foi descrita e nem quem estaria por trás.

Os Emirados Árabes Unidos identificaram na segunda-feira as embarcações como dois petroleiros sauditas de propriedade da empresa de transportes Bahri, uma barca de abastecimento de bandeira dos Emirados e um petroleiro norueguês.

A proprietária da embarcação norueguesa, a Thome Ship Management, disse que o navio foi “atingido por um objeto não identificado”. Imagens vistas pela Reuters mostravam um buraco no casco na linha da água, e com o metal retorcido e virado para dentro.

Uma testemunha da Reuters disse que mergulhadores estavam inspecionando os navios. A agência estatal de notícias dos Emirados Árabes disse que o porto de Fujairah operava normalmente.

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O Irã, envolvido em uma crescente guerra verbal contra os Estados Unidos sobre sanções econômicas e a presença militar dos Estados Unidos na região, se manifestou para se isentar da autoria do possível ataque nesta segunda-feira.

O Ministro das Relações Exteriores do Irã chamou os incidentes de “preocupantes e terríveis” e pediu uma investigação.

Um importante parlamentar disse que “sabotadores de um outro país” poderiam estar por trás do ato, depois de dizerem no domingo que o incidente mostrava que a segurança dos países do Golfo Persa era frágil.

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Uma autoridade norte-americana familiarizada com informações de inteligência dos Estados Unidos disse que o Irã era um dos principais suspeitos de ter perpetrado os ataques mas que os Estados Unidos não tinham provas conclusivas.

“Isso se encaixa no modus operandi deles”, disse a autoridade em condição de anonimato, sugerindo que as declarações do Irã se distanciando do incidente eram uma tentativa de “deixar a água mais turva”.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, compartilhou informações sobre a “intensificação” das ameaças do Irã durante encontros com seus equivalentes da UE e com o chefe da Otan em Bruxelas, segundo o representante especial dos EUA para o Irã, Brian Hook, disse a jornalistas.

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Hook se negou a dizer se acreditava que o Irã tinha um papel no caso, ou se Pompeo culpava o Irã. Ele disse que os Emirados Árabes buscaram ajuda dos Estados Unidos na investigação e que Washington estava contente em ajudar.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã Abbas Mousavi disse que o incidente nos Emirados “tem um impacto negativo sobre a segurança de transportes marítimos” e pediu que os países da região “estejam vigilantes contra os planos desestabilizadores de agentes externos”, segundo informou a agência de notícias semi-oficial ISNA.

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