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Após tiro no pé, Macron enfrenta extrema direita em eleições legilsativas

Partido de Marine Le Pen lidera pesquisas e pode complicar a vida de presidente da França

Por Ricardo Ferraz 30 jun 2024, 08h57

Neste domingo, 30, o presidente da França, Emannuel Macron, enfrenta o maior desafio de seu segundo mandato, mas que soa na opinião pública como um obstáculo que ele mesmo colocou à frente de seu caminho. Milhões de eleitores irão as urnas para votar no primeiro turno das eleições legislativas, que foram antecipadas pelo mandatário após a extrema direita conquistar a maioria dos assentos no Parlamento Europeu.

O governo de centro-direita teme que o mesmo se repita em um cenário doméstico, já que o grupo de ultra direita liderado por Marine Le Pen lidera as pesquisas. O Reagrupamento Nacional (RN), tem cerca de 35% das intenções de voto, sendo seguido de perto pelo agrupamento de esquerda Nova Frente Popular (NFP), com 28%. O partido do presidente, o Renascimento, aparece com apenas 20% da preferência dos eleitores. O cenário pode complicar a vida do governo nos três anos que restam à frente do Palácio Eliseu.

Desgaste na imagem

As eleições seguem as regras do voto distrital. Os candidatos que não obtiverem metade dos votos em seus distritos, disputam o segundo turno, marcado para 7 de julho. A liderança de Macron, que, em pleitos anteriores, conseguiu angariar parte dos votos progressistas por se colocar como o único candidato capaz de barrar o avanço da extrema direita, agora surge no cenário eleitoral como desgastada. Quem brilha na campanha é Jordan Bardella, jovem eurodeputado, de apenas 28 anos, assumiu a liderança da RN há dois anos. Ele é cotado como próximo primeiro ministro, caso a legenda saia vitoriosa.

O descompasso entre o premié e o presidente – a França adota o sistema semipresidencialista – tem tudo para dificultar a governabilidade e deve abrir caminho para a extrema direita conquistar a chefia do executivo, em um futuro próximo. Uma vitória também tem significado importante na União Europeia, já que Bardella, pelas leis da França, ficaria encarregado das relações internacionais. Ao lado da Alemanha, o país lidera o bloco.

Sem chances à esquerda

Se as urnas confirmarem as sondagens, Macron pode ficar isolado entre a extrema direita e a frente ampla de esquerda, formada entre Socialistas, Verdes e Comunistas. Jean Luc Mélanchon, que lidera o bloco é crítico contumaz de Macron e não se mostram dispostos a repetir alianças anteriores e dar apoio ao governo que cortou benefícios de trabalhadores e adotou uma postura de austeridade fiscal.

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