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Após surto de Ebola, OMS alerta seis países africanos

Novos casos do vírus foram detectados em Guiné e República Democrática do Congo

Por Da Redação Atualizado em 16 fev 2021, 16h23 - Publicado em 16 fev 2021, 15h55
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  • A Organização Mundial da Saúde pediu a seis países africanos que fiquem alertas para possíveis infecções de Ebola, após a Guiné registrar novos casos nesta terça-feira, 16. Na República Democrática do Congo, novas infecções recentes também geraram alerta, depois de serem consideradas ressurgimento de um surto anterior.

    A Guiné declarou um surto do vírus no último domingo, no primeiro retorno da doença desde o surto de 2013-2016, enquanto o Congo confirmou quatro novos casos neste mês.

    As autoridades de saúde se apressaram em responder aos casos na Guiné, ansiosas para evitar uma repetição do último surto na África Ocidental, que matou mais de 11.300 pessoas, principalmente na Guiné, Serra Leoa e Libéria na pior epidemia de Ebola já registrada.

    “Já alertamos os seis países ao redor, incluindo, é claro, Serra Leoa e Libéria, e eles estão agindo muito rápido para se preparar e estar prontos e para procurar qualquer infecção potencial”, disse a porta-voz da OMS, Margaret Harris, em entrevista à imprensa em Genebra nesta terça-feira.

    Os vizinhos da Guiné incluem Senegal, Guiné-Bissau, Mali, Costa do Marfim, Serra Leoa e Libéria.

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    A Guiné registrou até agora 10 casos suspeitos de Ebola e cinco mortes. Desde a declaração do surto no domingo, o Ministério da Saúde identificou 115 contatos dos casos conhecidos na cidade de Nzerekore e 10 na capital Conacri, segundo o Ministério da Saúde.

    O sequenciamento de genes de amostras de Ebola do Congo e da Guiné está sendo realizado para saber mais sobre as origens dos surtos e identificar as cepas, de acordo com a OMS.

    Como resultado, o Congo confirmou que seus últimos casos não estão ligados a uma nova variante do Ebola, mas representam um ressurgimento de seu décimo surto, o segundo maior já registrado, que causou mais de 2.200 mortes em 2018-2020.

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    Desde a devastadora epidemia na África Ocidental, o desenvolvimento de vacinas e tratamentos melhorou muito as taxas de sobrevivência e os esforços de contenção.

    A propagação da doença pode prejudicar os sistemas de saúde subfinanciados das regiões, que também estão lutando contra a pandemia do coronavírus. Costa do Marfim, Mali e Serra Leoa lançaram planos para impedir qualquer propagação potencial e reforçar os controles de fronteira.

    O ebola é um vírus extremamente contagioso, transmitido através do contato direto com sangue, fluidos corporais e tecidos de animais ou pessoas infectadas, bem como com superfícies e materiais, como roupas de cama e roupas, contaminados com esses fluidos. Os sintomas aparecem entre 2 e 21 dias após a infecção.

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    O início dos sintomas pode ser repentino e inclui febre, fadiga, dor muscular, dor de cabeça e dor de garganta. Isto é seguido por vômitos, diarreia, erupção cutânea, insuficiência renal e hepática e, em alguns casos, sangramento interno e externo.

    “A doença do vírus ebola é uma doença rara, porém grave e muitas vezes mortal, que não conhece fronteiras. A vacinação é essencial para ajudar a prevenir surtos e impedir que o vírus ebola se espalhe em casos de surto ”, disse Peter Marks, diretor do Centro de Avaliação e Pesquisa em Biologia da FDA.

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