Após mortes de funcionários, McDonald’s no Peru fecha por 2 dias
Empresa presta homenagem a duas pessoas que morreram enquanto limpavam um restaurante da franquia em Lima

A responsável pela rede de fast-food McDonald’s no Peru decidiu, nesta segunda-feira 16, fechar todas as suas unidades no país como uma homenagem dois funcionários que morreram no domingo enquanto limpavam uma das lojas da franquia. A causa mais provável das mortes é eletrocutamento.
A empresa Arcos Dorados disse em comunicado que o fechamento não afetará o salário dos trabalhadores e que está colaborando com as autoridades peruanas para esclarecer o caso.
“Estamos em contato com a família das vítimas para acompanhá-las e oferecer todo o apoio necessário”, disse a empresa na nota.
No entanto, o advogado Walter Bedriñana, representante da família de um dos jovens que morreu, afirmou à emissora “N” que a defesa da Arcos Dorados foi “hostil”. Ele, porém, reconheceu que a empresa assumiu os gastos do sepultamento das duas vítimas.
A polícia do Peru encontrou os corpos dos funcionários, ambos de 18 anos, em uma unidade da rede local de McDonald’s no bairro de Pueblo Libre, em Lima, capital do país.
Segundo as primeiras investigações, eles limpavam a cozinha após o encerramento do turno quando foram eletrocutados. A descarga elétrica parece sido provocada pelo mau funcionamento de uma máquina de bebidas.
Para a advogada Elizabeth Carmona, representante da família da outra vítima, a empresa cometeu uma “negligência punível”. Ela afirmou que processará a Arcos Dorados por descumprimento de normas de segurança.
O Ministério Público do Peru determinou que o Departamento de Investigação Criminal da Polícia Nacional comece a apurar o caso. Os donos da unidade já foram ouvidos. Ainda serão feitas perícias para verificar as instalações elétricas e se as regras para evitar acidentes de trabalho estavam sendo cumpridas.
Os promotores também querem saber os motivos para impedir a entrada imediata da equipe de resgate enviada para socorrer os dois funcionários na loja.
A informação foi dada pelo chefe territorial do Corpo de Bombeiros para Lima e Callao, Mario Casaretto, que afirmou à RPP Notícias que não se permitiu o acesso da primeira equipe que chegou ao local apesar de os socorristas serem especializados neste tipo de emergência.
(Com EFE)