Após conflito na Cisjordânia, Israel lança foguetes contra Gaza
Tensões aumentam na região depois que militares israelenses deixaram nove mortos em um campo de refugiados palestino na quinta-feira 26

O exército de Israel lançou dois foguetes na Faixa de Gaza na noite de quinta-feira 26, em retaliação contra disparos de militantes da Palestina. De acordo com os militares israelenses, seis foguetes foram disparados contra os “quartéis-generais” dos militantes.
Segundo a Força de Defesa de Israel (FDI), dois foguetes foram disparados pelos palestinos por volta da meia-noite, de quinta-feira para sexta-feira, 27, mas foram interceptados pelo sistema anti-foguete do país.
Em seguida, Israel disparou seus próprios projéteis contra, segundo a FDI, um “local subterrâneo de fabricação de foguetes” no centro da Faixa de Gaza, pertencente ao grupo militante islâmico Hamas, que governa o território.
Horas depois, Gaza teria lançado uma segunda onda de foguetes, que acabaram caindo em campo aberto, sendo derrubados ou sequer ultrapassando a fronteira entre Gaza e Israel. Em contra-ataque, israelenses atingiram um local que a FDI disse ser “um centro importante de atividades terroristas do Hamas”.
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Nenhuma vítima foi registrada durante os ataques, bem como nenhum grupo palestino admitiu responsabilidade – mas Israel apontou o Hamas como culpado por todos os ataques de Gaza.
Na quinta-feira, militantes palestinos fizeram alertas sobre uma retaliação, depois que nove pessoas foram mortas em um ataque israelense ao campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia, confronto mais mortal na região em anos. De acordo com a FDI, a operação tinha como objetivo prender um esquadrão terrorista da Jihad Islâmica que planejava atacar os israelenses.
O confronto começou quando as tropas de Israel cercaram o campo, onde um intenso tiroteio eclodiu. Militares israelenses afirmaram terem sido alvejados por suspeitos armados, e responderam abrindo fogo. Na troca de tiros, três homens morreram e um quarto se rendeu.
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Os nove mortos no incidente eram um mix militantes armados e civis – incluindo uma mulher idosa. Outras vinte pessoas também ficaram feridas, quatro delas gravemente, afirmou o Ministério da Saúde palestino. A Autoridade Palestina acusa Israel de um “massacre”.
Ao todo, pelo menos 30 palestinos, incluindo militantes e civis, foram mortos pelas forças israelenses na Cisjordânia em 2023. Em 2022, o número total de palestinos mortos pelo exército de Israel foi de mais de 150.