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Após ataque, premiê do Japão promete segurança máxima em encontro do G7

No sábado, Fumio Kishida teve que abandonar discurso quando pequeno artefato explosivo foi jogado em sua direção

Por Da Redação Atualizado em 17 abr 2023, 14h47 - Publicado em 17 abr 2023, 13h06

A polícia do Japão realizou, no domingo 16, uma operação de busca na casa de um homem suspeito de atirar um explosivo perto do primeiro-ministro Fumio Kishida no último sábado. O caso levantou temores com segurança de autoridades e fez com que o premiê viesse a público nesta segunda-feira garantir que tudo estará sob controle durante reuniões do G7 no país, marcadas para o próximo mês.

No último sábado, 15, Kishida teve que abandonar um discurso quando um pequeno artefato explosivo foi jogado em sua direção. No momento, ele fazia campanha para o candidato do partido governista na cidade portuária de Wakayama, no oeste do Japão.

De acordo com a polícia, as autoridades que investigam o ataque revistaram a casa do suposto suspeito, Ryuji Kimura, de 24 anos, na cidade de Kawanishi, na província de Hyogo, no início da manhã do último domingo, 16. A corporação também confirmou que dois canos cilíndricos foram encontrados no local da explosão, incluindo um que explodiu e outro que não foi usado.

Com Kimura foram apreendidos pólvora, ferramentas, computador, celular e tablet. Os policiais também removeram mais de dez caixas de papelão que continham materiais relevantes, segundo a emissora pública NHK.

O ataque contra Kishida foi gravado e as imagens mostram um cilindro prata jogado na direção do primeiro-ministro enquanto um guarda-costas chutava o objeto para longe. Houve uma comoção na multidão quando um homem tentou fugir antes de ser preso. Segundos depois, uma forte explosão soltou fumaça.

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O homem foi preso no local por “suspeita de obstrução forçada de negócios” e levado para a Delegacia de Polícia de Wakayama West para interrogatório. No Japão, “obstrução forçada de negócios” é crime e punível com prisão de até três anos e multa de 500 mil ienes, cerca de R$ 18 mil.

O ataque ocorre nove meses depois que o ex-primeiro-ministro Shinzo Abe morreu após ser baleado em um comício político. O assassinato que abalou o Japão e gerou críticas sobre se havia segurança suficiente.

Nesta segunda-feira, o premiê Kishida disse que o Japão deve fazer tudo para garantir a segurança dos dignitários estrangeiros que estarão presentes para reuniões do G7, que acontecem em Hiroshima de 19 a 21 de maio. Enquanto isso, os ministros das Relações Exteriores do G7, incluindo o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, iniciaram três dias de negociações na cidade de Karuizawa, no centro do Japão, na província de Nagano.

“O Japão como um todo deve se esforçar para fornecer segurança máxima durante as datas da cúpula (em Hiroshima no próximo mês) e outras reuniões de dignitários de todo o mundo”, disse Kishida.

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