O ministro do Interior da França, Gérald Darmanin, disse nesta quinta-feira, 12, que mais de 100 atos antissemitas foram registados pela polícia francesa desde sábado 7, quando o grupo terrorista Hamas fez um ataque surpresa contra Israel e desencadeou a maior guerra no Oriente Médio em 50 anos.
Em entrevista à rádio francesa France Inter, Darmanin afirmou que a maioria dos casos consistem em pichações propagando discurso de ódio contra judeus. Os desenhos incluem suásticas e apelos para matar membros da comunidade judaica.
No entanto, houve “alguns atos mais sérios”, segundo o ministro, incluindo pessoas armadas que foram detidas enquanto ficavam de tocaia na entrada de locais judaicos.
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Darmanin ressaltou que atualmente não há nenhuma ameaça terrorista islâmica visando os judeus na França, em particular, mas alertou que os ataques do Hamas desencadearam uma onda de discursos de ódio on-line, com um nível “extremamente elevado” de relatos de abusos antissemitas nas redes sociais.
“Às manifestações em apoio ao Hamas ou em apoio à ação de alguns palestinos contra Israel, nossa mensagem é ‘Não’. Desde domingo, estamos proibindo [esses protestos] caso a caso”, disse Darmanin, após o governo vetar vários protestos pró-Palestina na França.
“A causa palestina é absolutamente respeitável”, ele acrescentou.
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Também nesta quinta-feira, o Ministério das Relações Exteriores francês anunciou que o país vai resgatar mais cidadãos de Israel em novos voos planejados para os próximos dias. Os voos da Air France, única companhia aérea francesa que faz o trajeto até os aeroportos israelenses, foram cancelados desde sábado.
O primeiro avião de repatriamento está previsto para decolar de Tel Aviv nesta quinta-feira. Será dada prioridade a crianças e mulheres grávidas desacompanhadas, pessoas com deficiência ou pessoas com emergências médicas.
O Ministério das Relações Exteriores também confirmou nesta quinta-feira que 12 cidadãos franceses foram mortos nos ataques do Hamas a Israel, enquanto outros 17 ainda estão desaparecidos.