Após atacar juízes, Trump é proibido de falar sobre seu inquérito criminal
Ex-presidente dos EUA ficou impedido de ofender e desacatar promotores e potenciais testemunhas no caso sobre sua tentativa de anular as eleições de 2020
A juíza Tanya Chutkan, de Washington D.C., emitiu nesta segunda-feira, 16, uma ordem de silêncio contra o ex-presidente americano Donald Trump, depois de realizar diversos ataques contra a equipe judicial por trás do processo criminal que corre contra ele a respeito de sua suposta intervenção nas eleições de 2020.
O ex-presidente dos Estados Unidos está impedido de fazer declarações públicas ofendendo promotores, funcionários judiciais e potenciais testemunhas do julgamento. A ordem, contudo, não proíbe Trump de atacar, de forma geral, a administração do atual presidente, Joe Biden, nem o Departamento de Justiça, que abriu a investigação contra ele. Além disso, ainda pode alegar, como sempre o faz, que o caso tem motivação política.
Chutkan, juíza responsável pelo processo criminal, justificou que não vai permitir que Trump “lance uma campanha de difamação pré-julgamento” contra as pessoas envolvidas no caso.
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“Não estamos falando de censura aqui. Estamos falando de restrições para garantir que haja uma administração justa da justiça neste caso”, disse Chutkan.
Os advogados do ex-presidente se manifestaram contra a ordem de silêncio, argumentando que a decisão prejudicaria o seu discurso político e liberdade de expressão. Porém, a magistrada alertou a defesa que qualquer violação da ordem poderia levar a sanções punitivas imediatas.