Após Alemanha, França paralisa exportação de armas à Turquia
Turcos lançaram nesta semana ofensiva contra os curdos na Síria; governo francês diz que pressionará a Europa para suspender a venda de armamento ao país
![](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/10/2019-10-12t181145z_403685035_rc17a3b8c260_rtrmadp_3_syria-security-turkey.jpg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
A França e a Alemanha anunciaram neste sábado, 12, a suspensão de exportação de qualquer armamento para a Turquia, que lançou nesta semana ofensiva contra os curdos na Síria.
Neste sábado o ministério da Defesa turco disse que as forças locais tomaram a cidade de Ras al-Ayn, no norte da Síria. A entrada das tropas na cidade é o avanço mais significativo desde que a ofensiva da Turquia contra militantes curdos na Síria começou, na quarta-feira, 9.
Contrários ao movimento, os ministérios da Defesa e das Relações Exteriores da França fizeram o anúncio por meio de um comunicado neste sábado. O texto reiterou a oposição à operação militar turca, que tem enfrentado grande condenação internacional.
A declaração diz que a França pressionará, durante reunião na segunda-feira. de ministros de Relações Exteriores da União Europeia, pelo apoio de “toda a Europa” pela suspensão das vendas de armas à Turquia. A Alemanha também anunciou no sábado que está reduzindo as exportações de armamento ao regime de Ancara.
A França argumenta que a ofensiva está causando problemas humanitários crescentes, além de ameaçar a luta internacional contra o Estado Islâmico, que também está infiltrado na região. “Está, portanto, ameaçando a segurança europeia”, defendeu o governo francês.
O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Maas, também disse que o país vai cortar as exportações de armas na Turquia. Neste sábado, milhares de imigrantes curdos se uniram contra a ofensiva militar turca em cidades da Alemanha, que abriga uma das maiores comunidades curdas na Europa.