Após 200 casos de Covid, China confina cidade de 13 milhões de habitantes
Medida serve para conter surto de 200 casos de Covid-19 em Xian, semanas antes dos Jogos de Inverno, em Pequim
Autoridades da China determinaram na quarta-feira, 22, um novo lockdown na cidade de Xian, de mais de 13 milhões de habitantes e capital da província de Shaanxi, após um surto recente de coronavírus elevar o número de casos locais para mais de 200 entre 9 e 22 de dezembro.
O número de casos sintomáticos da doença na cidade aumentou por seis dias consecutivos desde 17 de dezembro. As novas restrições foram impostas após 53 novos casos serem registrados na última quarta-feira, elevando o total para 200.
Em comunicado, a comissão local de saúde afirmou que complexos residenciais ficarão fechados a partir de amanhã, em uma tentativa de conter a transmissão de Covid-19. Ao todo, a China soma 100.644 do coronavírus, incluindo 4.636 mortes.
“Exceto para os trabalhadores da saúde, todos os outros devem ficar em casa, a menos que haja uma razão imperativa”, diz o texto, que anuncia o fechamento de escolas e a paralisação de todos os tipos de eventos. Todo o comércio e serviços públicos não essenciais receberam ordens de fechamento, com exceção de supermercados, lojas de conveniência e instituições médicas.
Atividades de grande porte, inclusive em ambientes externos como parques, estão suspensas. O governo local pediu que as empresas permitam que seus funcionários trabalhem de casa.
A partir desta quinta, às famílias chinesas só poderão enviar, a cada dois dias, um morador para comprar itens básicos. É imprescindível, portanto, que os outros fiquem em casa, a não ser em caso de emergência, informou a prefeitura através de seu portal na rede social Weibo. Quem violar essas regras, deve apresentar provas de que houve “circunstâncias especiais” e é necessário enviar um pedido de aprovação.
As linhas de ônibus de longa distância da cidade foram suspensas e as autoridades colocaram bloqueios nas rodovias que saem de Xian. Mais de 85% dos voos que chegariam ou partiriam da cidade foram cancelados, segundo o portal de rastreamento de voos VariFlight.
O país entrou em alerta máximo para o surgimento de novos surtos. A medida ocorre semanas antes de o país sediar os Jogos Olímpicos de Inverno, em Pequim, cerca de 1.000 quilômetros a nordeste de Xian. Apesar da rápida disseminação da variante ômicron do novo coronavírus pelo mundo, a China garante que a competição será disputada como o previsto, entre 4 e 20 de fevereiro de 2022.
O evento não terá espectadores estrangeiros e todos os atletas e funcionários relacionados ficarão dentro de uma “bolha sanitária”, onde farão exames diários de Covid-19.