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Apesar de ameaças, Rússia não diminui tropas na fronteira com Ucrânia

De acordo com a inteligência dos EUA, Moscou pode estar planejando invasão em múltiplas frentes já no início de 2022 envolvendo 175.000 soldados

Por Da Redação Atualizado em 17 dez 2021, 16h15 - Publicado em 17 dez 2021, 15h57

Apesar de pedidos e ameaças de sanções feitos pelo presidente americano, Joe Biden, durante encontro virtual na última semana, a Rússia continua aumentando sua presença militar perto da fronteira com a Ucrânia nos últimos dias, disseram fontes da inteligência americana à rede CNN.

Segundo as fontes, houve um aumento de tropas nos últimos dias, tensionando ainda mais as relações entre os países e de Moscou com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Agora, autoridades americanas e ucranianas também veem evidências de que a Rússia começou a desviar sistemas comerciais aéreos e ferroviários para dar apoio aos esforços militares, embora atividades similares visíveis há poucos meses durante a última escalada militar tenham sido diminuídas.

O Kremlin é contra a possível adesão de Kiev à aliança militar da Otan e vem alertando que uma adesão terá consequências graves. A OTAN, por sua vez, emitiu comunicado em que afirma que “a relação com a Ucrânia será decidida pelos 30 aliados da OTAN e pela Ucrânia, mais ninguém”.

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De acordo com a inteligência dos Estados Unidos, a Rússia pode estar planejando uma invasão em múltiplas frentes à Ucrânia já no início de 2022 envolvendo 175.000 soldados.

Imagens de satélites feitas pela Maxar Technologies e fornecidas à CNN mostram que há presença de tropas e equipamentos a menos de 50 quilômetros da fronteira com a Ucrânia, com um aumento entre 7 de setembro e 5 de dezembo no número de veículos.

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As avaliações mais recentes da inteligência dos EUA colocam mais de 50 grupos táticos enviados dentro e nos arredores da fronteira com a Ucrânia. Estes grupos, que normalmente possuem 900 militares cada, são altamente diversificados e representam unidades de combate que possuem artilharia, armas anti-tanque, reconhecimento, engenharia e soldados.

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Em 2014, os batalhões tiveram um papel de protagonismo nas atividades militares russas na Ucrânia, durante a anexação da península da Crimeia.

Na última segunda-feira, 13, o presidente russo, Vladimir Putin, deixou claro que Moscou deseja negociações imediatas para conter a expansão da Otan para o leste europeu. Durante teleconferência com o premiê britânico, Boris Johnson, ele afirmou que a expansão militar do Ocidente cria “uma ameaça direta à segurança da Rússia”.

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