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Aloysio Nunes critica saída do Brasil do Pacto para a Migração

Ernesto Araújo, escolhido de Jair Bolsonaro para comandar o Itamaraty, anunciou que Brasil não fará parte do acordo, em aproximação aos EUA

Por Da Redação
Atualizado em 12 dez 2018, 17h43 - Publicado em 12 dez 2018, 10h47

O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, afirmou nesta terça-feira, 11, que a saída do Pacto Mundial para Migração das Nações Unidas, anunciada pelo futuro governo de Jair Bolsonaro, será um “retrocesso” para o Brasil.

“Eu acho que não é bom. O Brasil tem se distinguido por uma dedicação a temas que têm nos credenciado, que fazem parte do nosso perfil diplomático, que valorizam o Brasil, como imigração, direitos humanos, clima. São questões que têm credenciado o Brasil no contexto internacional. Eu acho uma pena se houver retrocesso em cada um desses temas”, declarou o atual chanceler sobre as intenções de seu sucessor, Ernesto Araújo.

O acordo sobre migração, aprovado na véspera em Marrakech, pretende reforçar a cooperação internacional visando uma “migração segura, ordenada e regular”, e foi firmado por cerca de 160 países.

“O governo Bolsonaro se desligará do Pacto Global de Migração que está sendo lançado em Marrakech, um instrumento inadequado para lidar com o problema”, escreveu Araújo na noite de segunda-feira 10, acrescentando que a “imigração é bem-vinda, mas não deve ser indiscriminada”.

Segundo Aloysio Nunes, o pacto “não se sobrepõe à soberania dos países” e supõe “uma colaboração voluntária”, pois “não é um tratado, não é uma convenção que cria obrigações jurídicas”.

A saída do Brasil do Pacto é um novo sinal de aproximação com a diplomacia do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que abandonou a elaboração do texto em dezembro de 2017.

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Bolsonaro e Araújo não escondem sua admiração por Trump e seu desejo de alinhar o futuro governo a Washington em matéria de política externa.

Além dos Estados Unidos, Itália, Austrália, Israel, Chile e vários países da Europa Central se retiraram do pacto. As nações temem que ele represente perda de soberania e se preocupavam com a falta de distinção entre imigração legal e ilegal no rascunho do compromisso final.

(Com AFP)

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