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Aliança opositora pede abstenção em eleições venezuelanas

Partidos da MUD pedem a candidato opositor Henri Falcón que desista de concorrer à Presidência, como protesto contra fraudes eleitorais

Por Da Redação
3 Maio 2018, 18h44

A coalizão opositora venezuelana pediu nesta quinta-feira (3) a abstenção dos eleitores nas eleições presidenciais de 20 de maio e solicitou aos candidatos que concorrem contra Nicolás Maduro para encerrarem suas campanhas.

A Mesa da Unidade Democrática (MUD) pede aos candidatos que “não participem e deixem vazias as ruas do país”, como forma de “rejeição ao regime de Maduro e à fraude eleitoral”, segundo o comunicado lido à imprensa pela deputada opositora Delsa Solórzano.

Os partidos da MUD se negaram a apresentar candidatos, embora o opositor Henri Falcón tenha furado o boicote e decidido se candidatar por conta própria.

“Continuamos pedindo ao senhor Falcón para que não se torne cúmplice desta farsa”, expressou Solórzano, acompanhada por Omar Barboza, presidente do Parlamento de maioria opositora.

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Durante o mesmo evento, o deputado veterano Henry Ramos Allup classificou de “dramáticos” os números das pesquisas de opinião. Elas apontam que 60% dos 20,5 milhões de venezuelanos chamados a votar não compareceram às urnas nas últimas eleições por desconfiança no processo.

Embora Falcón, dissidente do chavismo, se diga confiante em uma vitória, Solórzano garante que “Maduro vai continuar no exercício” da Presidência, embora “não vá ser reconhecido por nenhum governo democrático do mundo”.

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Os Estados Unidos, a União Europeia e vários países da América Latina, entre os quais o Brasil, não reconhecem essas eleições, por considerar que elas não dão garantias à oposição.

Solórzano esclareceu que a abstenção “não significa” que a oposição não esteja disposta “a participar de eleições futuras”, caso existam condições para isso.

Nesse sentido, a MUD reiterou seu pedido de adiar as eleições presidenciais para dezembro, quando elas tradicionalmente acontecem. Esse cenário é descartado pelo chavismo. A data foi antecipada por ordem da Assembleia Constituinte, que funciona como um suprapoder.

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A presidente do poder eleitoral, Tibisay Lucena, advertiu nesta quinta-feira que a lei proíbe “desestimular o voto”. Ela já havia alertado antes sobre possíveis sanções a partidos que promoveram a abstenção.

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