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Atingida pelo coronavírus, Alemanha entra em recessão técnica

PIB recuou 2,2% no primeiro trimestre deste ano em relação ao período anterior - a maior contração trimestral desde a crise financeira de 2008/2009

Por Da Redação
Atualizado em 15 Maio 2020, 09h46 - Publicado em 15 Maio 2020, 09h16
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  • O PIB da Alemanha caiu 2,2% no primeiro trimestre de 2020, devido ao novo coronavírus, e o país se prepara para uma recessão histórica em 2020 – anunciou o Departamento Federal de Estatísticas (Destatis) nesta sexta-feira, 15.

    A economia alemã registra “seus piores resultados desde a crise econômica” de 2008/2009 e “seu segundo pior resultado desde a reunificação” em 1990, segundo o Destatis.

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    As medidas para conter a pandemia começaram no início de março, sugerindo resultados ainda mais negativos no segundo trimestre. “É apenas o começo”, resumiu o economista Carsten Brzeski, do banco ING.

    A agência também revisou os dados do PIB para o último trimestre de 2019, de crescimento zero para uma contração de 0,1%, o que significa que o país já sofreu contrações em dois trimestres consecutivos – o que configura uma recessão técnica.

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    “As consequências da pandemia neste trimestre são graves”, disse Albert Braakman, do Destatis, à imprensa. Em ritmo anual, o PIB caiu 2,3%, de acordo com os dados corrigidos, ou seja, é a queda mais grave desde o segundo trimestre de 2009, no momento mais forte da crise financeira.

    Para o segundo trimestre deste ano, os especialistas estimam que o PIB alemão possa cair 10% ao ano, algo nunca visto em 50 anos. Em 2020, a queda será de 6,3%, segundo cálculos do governo, ou seja, o pior resultado desde 1970.

    Como a maioria dos países europeus, a economia alemã sofreu um impacto forte e complexo devido à pandemia. O confinamento paralisou vários setores, minimizou as trocas comerciais e reduziu o consumo. Ainda assim, as perspectivas para a Alemanha parecem ser um pouco melhores do que as da França e da Itália, cujas economias recuaram 5,8% e 4,7% no primeiro trimestre, respectivamente.

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    Isso se deve, em parte, ao fato de a Alemanha ter permitido a reabertura de fábricas e locais de construção, além do pacote de ajuda anunciado pela chanceler Angela Merkel, que inclui medidas de resgate para os estados e a permissão às empresas para reduzir a jornada de trabalho dos funcionários, de modo a evitar demissões em massa.

    A Alemanha tem até o momento 174.478 casos registrados do novo coronavírus, e 7.884 mortes. O país tem uma das taxas de mortalidade mais baixas da Europa.

    (Com AFP)

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