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Alemanha e UE anunciam ‘novo Plano Marshall’ para a Ucrânia

Inspirado na recuperação de economias após Segunda Guerra Mundial, projeto lançará bases para garantir a reconstrução de Kiev

Por Da Redação
25 out 2022, 15h59

O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen anunciaram nesta terça-feira, 25, um projeto para garantir a reconstrução da Ucrânia. A iniciativa é inspirada no Plano Marshall, programa de ajuda econômica do Estados Unidos aos países da Europa Ocidental após a Segunda Guerra Mundial.

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O líder alemão e a chefe da União Europeia reuniram nesta terça-feira, 25, os líderes do Fundo Monetário Internacional, da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, do Banco Europeu de Investimento, do Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento, do Programa de Desenvolvimento da ONU e outros especialistas.

Scholz disse que a intenção seria “nada menos do que criar um novo Plano Marshall para o século 21, uma tarefa geracional que deve começar agora”.

O chanceler da Alemanha, país que atualmente preside o G7, afirmou que os apoiadores de Kiev precisam discutir já “como garantir e sustentar o financiamento da recuperação, reconstrução e modernização da Ucrânia nos próximos anos”.

O custo dos danos causados pela guerra com a Rússia são estimados em 350 bilhões de euros (R$ 1,8 trilhão) pelo Banco Mundial. Von der Leyen aifirmou que a União Europeia precisa reunir esforços para a reconstrução da Ucrânia, já que o país já deu os primeiros passos para a entrada no bloco.

A presidente da Comissão também ressaltou que, além da ajuda de longo prazo e da assistência em seu orçamento regular, Kiev precisa de reabilitação urgente. A Rússia está atacando infraestruturas de energia, que podem prejudicar o aquecimento de residências e causar apagões durante o inverno no país.

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O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, enfatizou esse ponto em um discurso em vídeo. Ele disse aos participantes da conferência de Berlim que a Ucrânia tem um plano de “recuperação rápida” de US$ 17 bilhões (R$ 90 bilhões) para reparar danos em hospitais, escolas, infraestrutura de transporte e energia e outras estruturas.

“Até agora, não recebemos um único centavo pela implementação do plano de recuperação rápida”, reclamou Zelensky, falando por meio de um intérprete.

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O primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal, disse esperar que uma “plataforma de coordenação financeira” para os esforços para ajudar seu país seja criada até o final deste ano.

Scholz sublinhou o compromisso da Alemanha de continuar fornecendo armas à Ucrânia, incluindo sistemas de defesa aérea, enquanto forem necessários.

“A melhor reconstrução é aquela que não precisa acontecer, porque as cidades e usinas ucranianas estão protegidas de bombas, drones e mísseis russos”, disse o chefe de Estado alemão.

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“Ainda não sabemos quando esta guerra terminará, mas terminará”, continuou. “A partir de nossa própria experiência histórica, também sabemos que a reconstrução é sempre possível e que nunca é cedo demais para enfrentar essa tarefa.”

Zelensky pediu que o reembolso pelos danos viesse de bens russos congelados pelas sanções econômicas impostas pelo Ocidente, um ponto que o primeiro-ministro polonês Mateusz Morawiecki sublinhou.

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“Há um enorme pote de ouro a ser levado e dedicado à reconstrução da Ucrânia, que são ativos russos – ativos da Federação Russa e dos oligarcas russos”, disse Morawiecki, argumentando que os bens devem ser ser confiscados e não somente congelados.

A líder da União Europeia ponderou a proposta, afirmando serem necessários muitos trâmites burocráticos antes de efetivá-la. “A vontade existe, mas legalmente, não é trivial. Ainda há muito trabalho a ser feito”, disse ela.

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