Alberto Fernández, recém-eleito presidente da Argentina, publicou na noite de terça-feira 29 um agradecimento ao ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva por seu apoio. Em sua conta no Twitter, disse estar emocionado com uma carta que recebeu de Lula e pediu novamente pela liberdade do ex-presidente.
“As palavras do meu amigo Lula me emocionam. Como disse em sua carta, junto a Cristina Kirchner, recuperaremos de pouco em pouco nossos laços de fraternidade e respeito. Aproveito para pedir por sua liberdade e para enviar uma carinhosa saudação a todo o povo irmão do Brasil. #LulaLivre”, tuitou Fernández.
Na carta, datada de 29 de outubro, Lula parabenizou Fernández e Cristina pela vitória nas eleições presidenciais e agradeceu pela solidariedade em relação a ele. Também disse que “a América Latina pouco a pouco vai reencontrando seus laços de fraternidade e respeito”.
Pouco antes de sua eleição, Fernández publicou no Twitter uma selfie ao lado de correligionários fazendo um “L” com os dedos e pediu pela libertação do ex-presidente brasileiro. “Também hoje faz aniversário meu amigo Lula, um homem extraordinário que está injustamente preso faz um ano e meio”, escreveu no domingo 27.
También hoy cumple años mi amigo @LulaOficial, un hombre extraordinario que está injustamente preso desde hace un año y medio.
Parabéns pra você, querido Lula. Espero verte pronto. #LulaLivre pic.twitter.com/PiRE931CxS
— Alberto Fernández (@alferdez) October 27, 2019
O presidente Jair Bolsonaro condenou o gesto. Durante visita aos Emirados Árabes Unidos, disse lamentar a eleição e a postura de Fernández após a publicação. “Não tenho bola de cristal, mas acho que a Argentina escolheu mal”, disse. E completou: “O primeiro ato de Fernández foi ‘Lula Livre’, dizendo que está preso injustamente. Já disse a que veio.” Além disso, Bolsonaro afirmou que o gesto é uma afronta à democracia brasileira.
Ecoando o discurso, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, disse que as “forças do mal estão celebrando” os resultados das eleições na Argentina. Depois de eleito o kirchnerista, Bolsonaro chegou a ameaçar expulsar a Argentina do Mercosul.
(Com AFP)