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Afeganistão adia eleições na província de Kandahar após ataque do Talibã

Atentado matou três pessoas, entre elas o chefe regional da polícia; grupos terroristas ameaçam promover ainda mais violência durante a votação no país

Por Da Redação
Atualizado em 19 out 2018, 18h20 - Publicado em 19 out 2018, 15h29
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  • Moradores locais participam de funeral do general Abdul Razeq, comandante da polícia de Kandahar, no Afeganistão, morto após ataque realizado pelo Talibã - 19/10/2018  (Ismail Sameem/Reuters)

    O Afeganistão adiou nesta sexta-feira, 19, as eleições legislativas na província de Kandahar após um ataque do Talibã contra um edifício governamental na quinta-feira.

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    O atentado aconteceu durante uma reunião sobre segurança de funcionários do governo afegãos e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Três pessoas morreram, entre elas o polêmico chefe regional de polícia, o general Abdul Raziq.

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    As eleições, que deveriam acontecer no sábado (20), como no resto do país, foram adiadas em uma semana, indicou o porta-voz do presidente afegão Ashraf Ghani. A Comissão Eleitoral Independente anunciará uma nova data, acrescentou.

    Os preparativos para a votação em Kandahar, o local de nascimento do movimento Talibã, foram interrompidos na quinta-feira, quando um atirador usando um uniforme das forças de segurança abriu fogo contra um grupo de autoridades americanas e afegãs.

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    Os talibãs reivindicaram o ataque. O general americano Scott Miller, comandante das forças da Otan e americanas no Afeganistão, que também participava na reunião, escapou ileso.

    Mais treze pessoas ficaram feridas no atentado contra o complexo do governador província, incluindo o governador e dois americanos. O atirador foi morto.

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    O Ministério do Interior disse nesta sexta-feira que três suspeitos foram detidos por participação no atentado.

    Eleições violentas

    Mais de 2.500 candidatos competem por 249 vagas na Câmara, que é responsável por fazer leis e supervisionar o governo.

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    O Talibã e o Estado Islâmico (EI) anunciaram sua intenção de realizar ataques contra as eleições. Centenas de pessoas já foram mortas ou feridas em atentados realizados pelos grupos terroristas até o momento. Ao menos dez candidatos morreram.

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    A baixa participação dos eleitores na votação — que está atrasada em mais de três anos — já era esperada. A morte de Raziq deve amedrontar ainda mais os eleitores.

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    As ameaças e atentados cometidos também pelo grupo Estado Islâmico (EI) podem convencer muitos eleitores a permanecer em suas casas, apesar do enorme dispositivo de segurança: 54.000 agentes das forças de segurança serão mobilizados.

    Apesar das ameaças de violência, a Missão de Assistência das Nações Unidas no Afeganistão pediu nesta sexta-feira aos eleitores que “exerçam seu direito constitucional de votar”.

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    Desde a invasão de 2001, que acabou com o regime dos talibãs, o Afeganistão escolheu deputados em 2005 e em 2010. O pleito legislativo deste sábado havia sido marcado para abril, adiado para julho e, finalmente, agendado para outubro, a data limite.

    A organização foi caótica, e as autoridades estão com dificuldade para encontrar fiscais e para distribuir o material eleitoral nos mais de 5.000 locais de votação.

    A credibilidade do voto também é objeto de dúvidas: muitos casos de registros múltiplos de eleitores foram detectados.

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    De acordo com a organização não governamental Afghan Analyst Network (AAN), o número de eleitores registrados apenas na província de Paktia, no leste do país, representa 141% da população habilitada a votar.

    Para aumentar a confusão, a implementação no último momento de um sistema de controle biométrico dos eleitores — inédito no país — ameaça multiplicar as possibilidades de fraude, e inclusive de fracasso do processo.

    A eleição é vista como um teste crucial para as presidenciais de abril do próximo ano. Também é um momento importante antes da reunião da Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra, em novembro, onde o Afeganistão está sob pressão para mostrar progressos em seus “processos democráticos”.

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    (Com AFP)

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