Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Afeganistão: A um passo da burca

Apresentadoras de TV, que só cobriam a cabeça, foram forçadas a adotar o traje negro por cima da roupa e o niqab, véu que só deixa os olhos de fora

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 11h52 - Publicado em 27 Maio 2022, 06h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Khatira Ahmadi e Tehmina, apresentadoras afegãs do canal Tolo News -
    Khatira Ahmadi e Tehmina, apresentadoras afegãs do canal Tolo News - (Stringer/EFE)

    Quando os barbudos extremistas do Talibã voltaram a dar as ordens no Afeganistão em agosto, após vinte anos de ausência, o discurso era de modernização. “Não haverá violência nem preconceito contra as mulheres”, proclamou solenemente o porta-voz da milícia, Zabihullah Mujahid. Era papo-furado. A expressão mais evidente da volta da repressão foi ver apresentadoras de TV, que só cobriam a cabeça, forçadas a adotar o traje negro por cima da roupa e o niqab, véu mais radical que só deixa os olhos de fora, tudo para cumprir um decreto que agora exige essa vestimenta, no mínimo — a rígida burca (cobertura da cabeça aos pés, com uma rede na altura dos olhos) é mais recomendável e melhor ainda é não sair de casa. Só que a sociedade afegã, desta vez, está se rebelando e há indícios de racha entre radicais e pragmáticos no governo. Nos noticiários da TV, os apresentadores apareceram de máscara preta, em solidariedade, e a volta do rosto coberto vem sendo desafiada pelas mulheres em vários pontos do país. As adolescentes ainda não retornaram às escolas públicas (o ensino gratuito de meninas só vai até a quinta série), mas as particulares seguem funcionando, bem como as universidades. O desestímulo ao trabalho feminino em plena crise econômica é um baque no orçamento de muitos lares e os maridos protestam. “O Talibã não é um grupo unitário, mas é difícil dobrar os extremistas”, diz Dawn Chatty, do Centro de Estudos de Refugiados da Universidade de Oxford. Enquanto isso, as mulheres penam.

    Publicidade

    Publicado em VEJA de 1 de junho de 2022, edição nº 2791

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    3 meses por 12,00
    (equivalente a 4,00/mês)

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.