As águas do rio Ganges, na Índia, nascem cristalinas no alto dos Himalaias, mas a poluição e o uso excessivo as transformam em lodo tóxico na sua longa jornada por cidades em expansão e centros industriais. Milhões de habitantes, devotos e peregrinos, que buscam a purificação espiritual por meio de rituais e cerimônias fúnebres em suas margens, contribuem para degradação.
Sagrado para hindus e responsável por abastecer 400 milhões de indianos, o “Mãe Ganga” está morrendo – mesmo depois de décadas de tentativas de salvá-lo. O governo do primeiro-ministro Narendra Modi luta para cumprir o plano de limpeza do Ganges, estimado em 3 bilhões de dólares, mas até agora o resulto é trágico.
O rio, venerado por quase 828 milhões de pessoas, recebe resíduos industriais ao longo de seu curso, formando camadas de espuma na superfície. Na cidade industrial de Kanpur, norte da Índia, a cor da água fica cinza escuro. Em outro trecho, a coloração muda para um estranho tom de rosa.