Cerca de 700 imigrantes foram resgatados de embarcações no Mediterrâneo por equipes de socorro durante uma operação nesta sexta-feira, disse um porta-voz da guarda costeira italiana. Outras 23 pessoas foram encontradas mortas.
Um navio espanhol que participava da missão naval de resgate Operação Sophia, organizada pela União Europeia, recuperou os corpos. Na mesma operação, outras 64 pessoas foram socorridas a tempo, em um bote inflável que começava a naufragar. “Um dia difícil no Mar Mediterrâneo Central”, afirmou a Eunavformed, responsável pelos resgates, acrescentando que as operações começaram ainda no início da manhã.
O navio italiano da Guarda Costeira Diciotti resgatou 764 imigrantes e desembarcou no porto do sul de Reggio Calabria, no sul da Itália, segundo a agência de notícias Ansa. Os imigrantes socorridos eram originários da África Subsaariana, Paquistão, Líbia, Bangladesh, Argélia, Egito, Nepal, Marrocos, Sri Lanka, Iêmen, Síria, Jordânia e Líbano.
Seis operações de resgate foram realizadas no total nesta sexta, tornando-se um dos dias mais movimentados de resgate nos últimos meses. Há dois dias foram encontrados os corpos de sete migrantes a bordo de embarcações improvisadas em frente à costa da Líbia. Outras 900 pessoas foram resgatadas nesta mesma operação, informaram as autoridades italianas.
Após cerca de três anos de chegadas em massa, o número de imigrantes que atingem a Itália caiu acentuadamente desde julho, quando Roma concluiu um acordo com a Líbia para bloquear uma rota conhecida de transporte ilegal de pessoas.
Segundo os dados do ministério do Interior italiano, 111.397 migrantes chegaram à Itália desde o começo do ano até 31 de outubro, 30% menos que no ano passado durante o mesmo período.