A ofensiva dos talibãs pelo controle da cidade de Ghazni, no leste do país, já causou 325 mortes, confirmou nesta segunda-feira (13) o governo do Afeganistão. Entre os mortos estão 30 civis, 195 militantes talibãs e 100 membros das forças de segurança afegãs.
Entre os membros das forças de segurança que morreram há pelo menos 70 policiais, detalharam os ministros da Defesa, o general Tariq Shah Bahrami, e do Interior, Wais Ahmad Barmak, em entrevista em Cabul. “Só hoje, em nove bombardeios aéreos, morreram 95 talibãs”, acrescentou Bahrami.
Ele informou que, entre os 195 insurgentes mortos, há pelo menos 12 comandantes. Outros 147 combatentes talibãs ficaram feridos. O ministro da Defesa, contudo, disse que o número de vítimas pode aumentar nos próximos dias.
Essa ofensiva é a maior em uma capital provincial desde maio, quando os talibãs conseguiram ocupar a cidade de Farah durante um curto espaço de tempo.
Bahrami afirmou que as forças de segurança em Ghazni receberam 1.000 soldados para reforço nesta segunda. A situação de segurança “mudará significativamente” nas próximas 24 horas.
“As forças de segurança se encontram agora nos quatro pontos da cidade, que estão totalmente sob o controle das nossas tropas”, disse, por sua vez, o ministro do Interior.
Segundo Barmak, desde a manhã desta segunda-feira, as tropas afegãs obrigaram os talibãs a recuarem das áreas da prisão e do quartel-general da polícia, entre outras regiões. O ministro detalhou, contudo, que o avanço das forças de segurança está sendo lento porque os insurgentes se escondem em áreas habitadas por civis, que usam como escudos humanos.
Apesar de estar perdendo território em Ghazni, o Talibã já tomou grande parte das áreas rurais ao redor da cidade e em toda a província. Pelo menos quatro distritos foram conquistados totalmente, sem grandes esforços, já que as forças afegãs se concentram apenas na capital.
Segundo o jornal americano The New York Times, somente dois dos 18 distritos rurais da província de Ghazni estão totalmente sob o controle do governo atualmente. O corte quase total das comunicações dentro da cidade torna muito complicado saber em primeira mão qual é a situação no local.
(Com EFE)