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O lado mais tranquilo da cidade grande: conheça as vilas de BH

Moradores contam como é viver em cantos especiais que sobrevivem à urbanização vertical de Belo Horizonte

Por Abril Branded Content
6 dez 2017, 18h37

O som dos pássaros supera qualquer buzina ou barulho de uma grande cidade. E a liberdade das aves também serve de comparação para quem tem a oportunidade de viver em uma vila dentro de Belo Horizonte. “Fico satisfeito de morar aqui, não estou ‘engaiolado’ em um prédio”, garante Vadil Rodrigues, farmacêutico bioquímico aposentado que mora desde 1976 numa vila bem no centro da capital mineira.

Como um convite ao passado, o #hellocidades, projeto de Motorola que incentiva uma nova relação entre as pessoas e as cidades, conta histórias de moradores desses cantos especiais que, nos dias de hoje, conseguem preservar as características das cidades do interior, mesmo dentro de um grande centro urbano.

A Vila Werneck, onde vive Vadil, foi construída em 1943. Ela é composta por 12 casas e resiste à urbanização vertical da cidade, em plena rua Guajajaras, no hipercentro de BH. O conjunto de residências criado pelas famílias Souza Lima e Werneck foi tombado como Patrimônio Histórico de Belo Horizonte, o que garante a preservação do local.

Vila Werneck é um espaço protegido dentro do centro de BH (Andréa Juste/Divulgação)

Com o trânsito caótico da região e o corre-corre do dia a dia, muitas pessoas nem sequer percebem que ali se esconde um local diferenciado. “Morar em vila é assim como você vê, essa paz, sem barulho da rua. Os prédios em volta até protegem do barulho. Aqui, todo mundo conversa, vai à pracinha ali, toma uma cervejinha. A gente percebe a cidade lá fora, mas aqui é outra cidade”, comenta Vadil.

Para ele, a vila é como um condomínio “que não é impositivo”. “Antigamente, não tinha nem o portão (que indica o nome da vila na entrada). Mas as pessoas hoje passam e nem sabem”, diz o aposentado. Ele confessa sua predileção pelas manhãs de sábado em sua casa na vila, quando coloca música da coleção de mais de 600 CDs e vinis. “Gosto de ouvir MPB, jazz, desses de raiz mesmo”, compartilha.

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Entre as mais antigas moradoras da Vila Werneck está Dona Zezé, apelido de Maria José Dumont. Natural do Serro, ela se mudou para a vila em 1950. “Não sei como é morar em outro lugar. É a sensação de morar no interior, ter essa amizade entre as pessoas, respeito. A cidade grande não assusta, mas é importante ter esse sossego”, conta a comerciante aposentada, que tem 91 anos.

Dona Zezé: sete décadas vivendo na Vila Werneck (Andréa Juste/Divulgação)

“O silêncio é nosso tesouro”, diz Cristina, mais uma moradora da Vila Werneck. “É uma ilha em meio ao tumulto. Estamos perto de tudo, escola, academia. E tem segurança, espaço para os filhos brincarem”, conta ela. Seus pais viviam na vila na década de 60, o que a motivou a voltar para o local, há 20 anos. “Tem o lado ruim de os carros ficarem expostos quando chove. Mas é tudo pequeno diante do prazer que é viver aqui”, comenta.

Na vila há ainda um restaurante macrobiótico, o Fonte. Segundo o proprietário, Hélio D’Ávila Maciel, o estabelecimento tem mais de três décadas. “Se a pessoa olha com um olhar comercial, aquilo seria inviável, pois o público não vê que o restaurante está ali. Mas, com o Fonte, sempre funcionou o boca a boca”, conta, reforçando a característica única da proposta. “[O restaurante] tem como base a alimentação macrobiótica, mas apresentamos o prato oriental, japonês, que se assemelha ao original pelo equilíbrio dos alimentos”, explica.

Mesmo mantendo um estabelecimento comercial na vila, Hélio diz que a relação com os moradores é de muita harmonia. “Construímos uma relação amistosa ao longo de muitos anos. Há uma reciprocidade. Cuido para que o restaurante tenha um clima mais tranquilo, que não interfira no ritmo da vila”, diz.

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Outros cantos especiais

Além da Vila Werneck, Belo Horizonte ainda conserva outros exemplos de cantinhos diferentes para morar dentro da cidade. A médica dermatologista Alexsandra Costa encontrou na Vila Beltrão um lugar para a família, há dez anos. O conjunto foi fundado na década de 1920, no bairro Santa Efigênia, região Centro-Sul de Belo Horizonte.

“Achei que não tivesse lugar mais agradável para a família. Me sinto segura, convivemos com os vizinhos, ter essas pessoas ao redor dá essa sensação”, diz. Mãe de dois filhos, de 10 e 7 anos, Alexsandra conta que as crianças brincam na vila tranquilamente. “O convívio é bom, já distribuí bolo para vizinhos”, exemplifica.

Para os moradores, outra vantagem de viver em uma vila como essa é poder usufruir da atmosfera de cidade do interior e, ao mesmo tempo, estar em uma região central. “Não gasto nem dez minutos de caminhada até o trabalho. E aqui ainda tem todos os ônibus, para todo canto”, diz Alexsandra, em meio ao som dos pássaros.

Alexsandra encontrou tranquilidade e uma casa perto do trabalho (Andréa Juste/Divulgação)

O técnico de informática Bernardo Lavinas também adotou a Vila Beltrão como casa há cerca de 14 anos, e, assim como a vizinha, pode contar nos dedos das mãos os minutos que leva até o trabalho. Para ele, a vila é praticamente uma herança — seu pai morou no mesmo local durante 16 anos. “Parece uma cidadezinha, os vizinhos são bem bacanas, tem pássaros cantando, posso brincar com meu cachorro. Passo o dia inteiro no computador, então, voltar para cá é um sossego muito bom”, diz Bernardo.

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Já parou para pensar que você pode ter passado por essas vilas sem nem ter notado? Manter um olhar atento à cidade é fundamental para conhecer e valorizar esses refúgios especiais. Se passar por um lugar que transmita a paz e a tranquilidade dessas vilas, registre esses momentos nas redes sociais com a hashtag #hellocidades e convide seus amigos para se reconectarem com BH por meio do hellomoto.com.br.

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