Da Gema, no Rio de Janeiro, faz as melhores coxinhas da cidade
O salgado premiado por VEJA Comer & Beber Rio de Janeiro 2019 só é servido na terça-feira

O casarão de esquina, com pé-direito alto e amplas portas de correr abertas para a rua, tem ambiente bastante simples. No salão, chamam atenção, na parede, as iniciais “DG” em relevo e o grafite de um Jesus negro e sorridente, feito pelo artista Marcelo Eco. Não há necessidade de muito mais, uma vez que a estrela maior do Da Gema é mesmo a cozinha. Por lá, pedidas típicas de boteco ganham versões de emocionar. Não por acaso, o endereço já foi premiado em COMER & BEBER nas categorias a melhor cozinha de bar (2017), o melhor petisco (2016, para a polentinha com rabada) e a melhor coxinha, consagrada pelo júri em 2014 e agora, nesta edição. À primeira vista, o salgado bicampeão não chama atenção. Qualquer indiferença se encerra após a primeira mordida no petisco (R$ 7,00 a unidade) de massa farta e leve, que é envolvida por casquinha fina e recobre o frango. A receita da massa é a clássica, porém leva mais leite do que farinha, e o recheio é refogado “com muito alho e amor, daquele jeito de vó”, revela Luiza Souza, sócia de Leandro Amaral na empreitada. A coxinha campeã só é servida na terça-feira, dia em que a mesma massa ainda é usada no adorável rissole de camarão (também a R$ 7,00 a unidade).
Ao longo da semana reinam dicas como a igualmente campeã polentinha frita com rabada desfiada (doze quadrados dourados de polenta sob fiapos de carne que se desmancham na boca; R$ 55,00), croquetas de calabresa recheadas de queijo (R$ 20,00, dez unidades) e caldinho de feijão (R$ 10,00). Entre os bebes, há cerveja em garrafa de 600 mililitros de Brahma (R$ 10,00), Original (R$ 12,00) e Heineken (R$ 14,00), batidas (R$ 10,00) e caipirinhas (R$ 18,00). Luiza e Leandro, fundadores da casa, têm muito em comum: são netos de mineiros, adoram cozinhar, foram colegas na faculdade de gastronomia e assinaram o projeto de um boteco como trabalho de conclusão do curso. Nota 10. Rua Barão de Mesquita, 615, Tijuca, ☎ 3549-1480 (60 lugares). 17h/0h (sáb. a partir de 12h; dom. 12h/18h). Aberto em 2009. Aqui tem iFood.
2º lugar – Bar da Frente
O diminuto bar ficou com o segundo lugar na eleição da melhor coxinha desta edição. Na fondue de coxinha (R$ 33,90), oito unidades do petisco vão à mesa ao lado de um réchaud, preenchido por creme de queijo com vinho. Campeão de pedidos, o porquinho de quimono (R$ 33,90, seis unidades) é um rolinho primavera de costela suína e requeijão com ervas. A seção de cervejas elenca 45 rótulos, a exemplo da witbier Praya (R$ 19,90, 600 mililitros). Terças e quartas, a partir das 16h, alguns petiscos ganham 15% de desconto e garrafas de Stella Artois são vendidas a R$ 9,90. Rua Barão de Iguatemi, 388, Praça da Bandeira, ☎ 2502-0176 (30 lugares). 12h/22h (dom. até 16h; fecha seg.). Aberto em 2009. Aqui tem iFood.
3º lugar – Booze Bar
Ganhou um novo piso em 2019, com bar independente e decoração inspirada nos speakeasies americanos. Na carta de drinques consta o fake beer (R$ 28,00), mistura de vodca Ketel One, xarope de cajá, limão e espuma de gengibre. Das dezesseis torneiras, dez são reservadas a cervejarias cariocas. Entre as “forasteiras”, a Cacau IPA (R$ 16,00, 290 mililitros), da curitibana Bodebrown, costuma aparecer nos bicos. Para comer, tem sanduíche de faláfel (R$ 26,00) e coxinhas sem massa, recheadas de frango, costela, pernil, salmão ou palmito (R$ 32,00, seis unidades). Avenida Mem de Sá, 63, Lapa, ☎ 2252-1588 (180 lugares). 12h/1h (seg. e ter. 17h/0h; sex. e sáb. até 3h; fecha dom.). Aberto em 2015. Aqui tem iFood.