Wimbledon: por que a vitória de Marcelo Melo é histórica?
O mineiro conquistou o título de duplas neste sábado. Foi o primeiro de um brasileiro no torneio desde Maria Esther Bueno, em 1966
Para os que não acompanham o tênis, o nome de Marcelo Melo pode soar desconhecido. O mineiro de 33 anos, porém, entrou para a história do esporte brasileiro neste sábado, ao conquistar o título de duplas em Wimbledon, ao lado do polonês Lukasz Kubot.
Além de vencer no torneio de tênis mais antigo do mundo, Melo conquistou o único título de Grand Slam que faltava para o Brasil desde a profissionalização do tênis, em 1968. Antes disso, apenas Maria Esther Bueno havia vencido no torneio realizado na Inglaterra – três vezes sozinha e cinco em duplas, a última em 1966.
Os torneios de Grand Slam são os quatro mais importantes do esporte que acontecem ao longo do ano: além de Wimbledon, há o Australian Open, Roland Garros, e o US Open. Ao todo, com a conquista do fim de semana, o Brasil tem 44 títulos deste tipo. Em 2015, Melo já havia realizado um feito importante: foi o primeiro a conquistar um título de Grand Slam em duplas masculinas ao levar Roland Garros ao lado do croata Ivan Dodig.
Nesta semana, após vencer o finlandês Henri Kontinen e o australiano John Peers, nas semifinais, o mineiro também voltou a assumir a liderança do ranking de duplas da ATP, que será atualizado na segunda-feira. Há dois anos, ele foi o primeiro brasileiro ao chegar ao topo do ranking de duplas.
O jogo
A partida que marcou o título inédito de Melo foi longa, equilibrada e disputada. O jogo contra o austríaco Oliver Marach e o croata Mate Pavic teve tão poucos erros, de ambos os lados, que após 4h34min precisou ser suspenso por 10 minutos para que o teto retrátil fosse fechado e as luzes acesas.
A final acabou após 4 horas e 39 minutos de partida, com a vitória da dupla Melo e Kubot por 5/7, 7/5, 7/6(7/2), 3/6 e 13/11.