Único brasileiro na final da Champions, Ederson é pilar do City
Goleiro chegou ao clube pelas mãos de Guardiola e se recuperou após falha na estreia
Goleiro do Manchester City desde 2017, após se destacar no Benfica-POR, Ederson será o único brasileiro em campo, neste sábado, às 16h (horário de Brasília), na decisão da Champions League, contra o Internazionale. Hoje unanimidade pelos torcedores, o jogador de 29 anos foi uma aposta de Pepe Guardiola e, apesar da confiança do treinador, teve que trabalhar duro para conquistar o coração da torcida dos Citizens.
Formado nas categorias de base do time português, após breve passagem pelo São Paulo, Ederson chegou a Manchester sob certa pressão. Comprado por vultuosas 34,6 milhões de libras (R$ 143 milhões naquele ano), o jovem falhou em sua estreia, diante do arquirrival Manchester United, em um amistoso nos Estados Unidos. A imprensa não perdoou. O time vinha de uma temporada mediana que contou com seguidos vacilos do goleiro titular, o experiente Claudio Bravo. E por isso, a torcida também chiou. Nada que abalasse a convicção de Guardiola no goleiro recém-chegado.
O tempo deu razão ao técnico. Em seis anos, Ederson não deixou escapar a titularidade. Pelo contrário, progrediu. Se tornou um dos grandes goleiros do futebol mundial. É presença certa na seleção brasileira e só não ganhou mais oportunidades, pois é contemporâneo de Alisson, goleiro do Liverpool e titular do Brasil nas últimas duas Copas do Mundo, sob o comando de Tite, que deixou o cargo no fim de 2022. Nesta temporada, ficou sem tomar gol em 11 dos 35 jogos que fez na Premier League. Os dados da própria competição dizem que Ederson fez 46 defesas e errou apenas uma saída de gol.
Após seis anos, Ederson já é considerado por muitos, o melhor goleiro da história do City. A consideração pode aumentar ainda mais, caso o inédito título da Champions seja conquistado. Em 2021, bateu na trave, após derrota para o Chelsea na final.
“Acima de tudo, temos mais experiência agora [do que na final contra o Chelsea]. Já apanhamos na competição. O futebol é igual a nossa vida: sempre caímos para poder levantar. Acho que agora estamos mais próximos (desse título)”, disse o goleiro, em entrevista à TNT Sports.